De Santos às Amoreiras, de bicicleta eléctrica
Da cota 05m à cota 110m, 3.5 + 3.5 + 2 + 5 + 3 + 2 + 7 km
Já perceberam que hoje, com a eléctrica, andei de um lado para o outro, pela cidade de Lisboa. E pelas 08:00h bati mais um record: 12 minutos de bicicleta, de Santos às Amoreiras (Rua de Artilharia I, na EPCG). O tempo com a convencional era de 35 minutos. Menos de um terço do tempo. Como é possível?
Em primeiro lugar, a volta que dava com a convencional era maior. Cerca de 5 km passando pela Baixa, para tornar as inclinações mais suaves. Com a eléctrica, segui directamente pela Rua de São Bento, Rato, Castilho e Artilharia I. Uma volta mais curta em 30%. E assim reduzi um percurso de 35 para 12 minutos, reduzindo 1.5 km de distância.
Em segundo lugar, com o apoio do motor eléctrico, a velocidade média é maior: 14 km/h a subir a Rua de São Bento, contra os 08 km/h na convencional. E o suor: ZERO.
(A eléctrica estacionada na Escola Profisional de Ciências Geográficas, EPCG, onde dou aulas. Notem que a escola fica num dos pontos mais altos da cidade, a 110m de altitude)
Ficam aqui os meus restantes destinos a pedalar pela cidade:
09:30h - Rêgo, a 3.5 km
12:00h - Cantina da Cidade Universitária, a 2km
14:00h - Regresso às Amoreiras, à EPCG, para uma reunião, a 5km
15:00h - Regresso ao Rêgo, ao gabinete de engenharia, a 3.5km
19:10h - Cantina da Cidade Universitária, a 2km
20:30h - Regresso a Santos, a 7km
Não há dúvida que esta bicicleta me dá uma liberdade muito maior em termos de mobilidade. Permite-me fazer maiores distâncias, em menos tempo e com um esforço físico muito reduzido.
A ver vamos quando a tiver de devolver .... :(
Paulo Santos
144 km de bicicleta eléctrica, em Lisboa, desde 19.09.2009
5 comentários:
Tá aqui algo que irá ser muito útil no futuro. Só resta saber o preço.
Gruber Assist:
http://www.gruberassist.com/
P.S. - A minha bike debita uns míseros 0.7kw + 0.2 do "assistente electrónico" = mais de 1hp! :)
P.P.S. - Só de pensar que um sprinter dá 12.5hp durante 60s... Dá que pensar, né?
Uma das coisas que me impressiona nessa bika são os espelhos retrovisores. São funcionais ? Conseguem adaptar-se a outra bika ? Sabes onde se podem arranjar?
Bom dia.
É um facto indesmentível o aumento de utilização da bicicleta no interior da capital.
Então hoje fui espectador de algo que acharia que eu, pelo menos, consideraria não seria possível uns tempos atrás.
Vi um gajo de fatinho e gravata esta manhã, dia 1 de Outubro, a ir de bicicleta numa das artérias mais movimentadas de Lisboa.
Já vi "executivos", por assim dizer, de mota de fatinho e gravata com capacete e até andando de vespa.
Mas de bicicleta foi a primeira vez.
Eu estava dentro de autocarro, vi-o pela primeira vez na rotunda dao marquês de Pombal, em que um polícia o tinha mandado parar, provavelmente por trazer fones na cabeça, o que é compreensivelmente proibido. Mas o que me impressionou é que ele, ao subir a Fontes Pereira de Melo, demorou exactamente o mesmo tempo que eu, de autocarro, a fazer o mesmo percurso, a uma hora movimentada como as nove, e ainda para mais a subir.
Mas fiquei a pensar, de certeza que ele não ia trabalhar em outsourcing para nenhum cliente, que é precisamente a minha situação, apesar de eu não estar de "fatinho", de manhã trago a minha Dahon dobrável dentro do saco e deixo-a à entrada junto do segurança e só a uso ao fim do dia quando volto para casa. Imagino que, se fosse de manhã de bicicleta, para quem vai para o trabalho pelas ruas de Lisboa, com o stress de chegar, iria suar com certeza, e mal chegaria ao trabalho iria provocar a repulsa dos meus colegas devido ao odor resultante do suar excessivo.
Mas existe alguém que não tem o mesmo problema... costuma-se dizer, há malucos para tudo (se bem que eu não considere este indivíduo de fato e gravato necessariamente doido, eu diria em vez disso atrevido ou mesmo desgarrado).
Felicitações a todos os actuais e futuros utilizadores diários da bike na capital.
- Samuel
P.S.: Só falta é os nossos políticos e jet-7 usarem rotinamente a bike. Já faltou mais...
Caro Samuel, você viu o Hugo Van Zeller, que faz esse percurso diariamente, do Cais do Sodré ao Saldanha. É Director de Marketing na empresa onde trabalha, relaciona-se diariamente com dezenas de clientes e nunca perdeu nenhum por causa do suor. Ele, tal como eu, assim que chega ao trabalho, passa uma água com sabão por debaixo dos braços (qualquer lavatório serve para isso), seca-se, veste outra camisa e está pronto para o stress do dia-a-dia.
Não se esqueça também que existe actualmente uma grande tolerância ,apoio e incentivo por parte das chefias e patronato à utilização da bicicleta como meio de transporte, e respectivas consequências na transpiração. É isso que noto, nos empresários de topo para quem trabalho.
Paulo Santos
Olá
obrigado pela resposta ao meu comentário e realmente não fazia ideia que isso era assim, pelo menos do teu ponto de vista.
Provavelmente o que se passa é que no meu local de trabalho não encontrei essa receptividade de que falas e que existe noutros lugares. Terei interiorizado provavelmente, os aspectos negativos e preconceitos de outras pessoas em relação à minha decisão de trazer a bicicleta para o trabalho e, ao exprimir a minha opinião da forma como ficou acima, estou a dar conta dessas mesmas tendências das pessoas nos locais onde trabalho. Acho isso uma coisa perfeitamente natural, acatar as opiniões do grupo onde te integras.
Por isso se vê que não é suficiente ver que há cada vez mais gente a usar bicicleta na capital.
É preciso mudar também a atitude das pessoas que aceitam passivamente que Lisboa está feita só para os carros, e outra alternativa é manifestamente impossível.
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