O projecto dos "100 dias"

01.01.'08 - Apresentação e arranque do projecto ............ SIC
12.05.'08 - Primeiras conclusões aos 80 dias ................... SIC 02.07.'08 - Transportes amigos do ambiente .................. RTP2
18.09.'08 - Conclusões finais aos 130 dias ....................... TVI 22.09.'08 - Dia Europeu da Mobilidade 22.09.2008 ........ RTP1
02.11.'08 - Caia Quem Caia e as bicicletas ....................... TVI 30.12.'08 - Fim do Projecto dos "100 dias" ...................... RCP
01.01.'09 - Fim do projecto dos "100 dias" ...................... SIC 06.01.'09 - 100 dias na Prova Oral .......................... Antena 3


1 Outra reportagem
2 Outra reportagem
3 Outra reportagem
4 Outra reportagem
5 Carmona Rodrigues


Tese de mestrado "Contribuição do modo BICI na gestão da mobilidade urbana" - Descarregar PDF »»

Dia 160 - 29.10.2008

De Santos à Rua de Artilharia 1
Da cota 05m à cota 110m, 3.5 + 3.5 km

Tenho estado praticamente enclausurado em casa, desde a passada sexta-feira, a textualizar aquilo que já tinha na cabeça à muito: a informação relevante para a minha tese de mestrado "Contribuição do modo bici na gestão da mobilidade urbana", com o trabalho de campo que vocês já conhecem "100 dias de bicicleta em Lisboa" há muito cumprido.

Mas hoje tive de ir dar aulas à Escola Profissional de Ciências Geográficas. Pelas 10:30h saída de casa, e com a bicicleta eléctrica (aquela que gasta 1€ de electricidade por cada 250km percorridos) chego rapidamente e sem esforço a um dos pontos mais altos da cidade, junto às Amoreiras, com uma média de cerca de 14 km/h, apesar da inclinação média de 3% que separa a minha casa da escola. Como inclinação máxima tenho cerca de 7% num troço de 300m na Rua de São Bento, mas que com a eléctrica é vencido a 11 km/h.

(A eléctrica estacionada na EPCG)

Sem grandes estórias, mais um dia a trabalhar pela cidade de Lisboa, utilizando a bicicleta como meio de transporte.

Paulo Santos
362 km de bicicleta eléctrica em Lisboa, desde 19.09.2008

Dia 159 - 25.10.2008

De Santos a Santa Apolónia, de bicicleta convencional
Pela zona ribeirinha da cidade, 4 + 7 km

Desde ontem que estou a trabalhar a fundo para finalizar a tese de mestrado. 100 páginas de experiência a andar de bicicleta em Lisboa, para entregar até dia 31 deste mês. 100 páginas de desmistificação e luta contra a ignonância que herdámos destas últimas gerações de Portugueses, que fizeram passar a bicicleta de simbolo de estatuto social (quando apereceu, na segunda metade do séc. XIX) para simbolo de falta do mesmo, desde que o veículo automóvel tomou conta do espaço público das cidades e se tornou ele próprio, símbolo da nossa ignorância como seres humanos.

Para aliviar um pouco a carga de trabalho, fui tomar um café com um amigo à "Tasca da Rosa", na Calçada dos Cesteiros (uma das ruas mais íngremes da cidade de Lisboa), nas traseiras da estação de Santa Apolónia. A 4 km de casa, planos, excepto os últimos 30m, a 20% de inclinação, que são feitos com a bici à mão.

Regresso a casa, passando pela Baixa e Chiado, antes de regressar a Santos, onde moro.

Paulo Santos
1631 km de bicicleta convencional em Lisboa, desde 01.01.2008

Dia 158 - 24.10.008

De Santos às Amoreiras, Xabregas, Saldanha, Rêgo e Cidade Universitária
28 km de bicicleta eléctrica.

De Santos às Amoreiras: 3.5 km em 12 minutos
Das Amoreiras a Xabregas: 7.5 km em 22 minutos
De Xabregas ao Saldanha: 6 km em 25 minutos
Do Saldanha ao Rêgo: 2 km em 6 minutos
Do Rêgo à Cidade Universitária: 2 km em 5 minutos
Da Cidade Universitária a Santos: 7 km em 25 minutos

28 km pela cidade, em 85 minutos. Uns fantásticos 19.8 km/h de média !!!!! Relembro que no centro de cidades como Lisboa, a média de um automóvel é inferior a 20 km/h.

Hoje tive companhia feminina, nas pedaladas por Lisboa. Quando de manhã ía a subir a Rua Castilho, "apanhei" uma investigadora Belga, que desenvolve o seu trabalho na Faculdade de Ciências, no Campo Grande. Utiliza a sua bicicleta, todos os dias, do Rato ao Campo Grande, na sua bicicleta convencional. Mais uma estrangeira a "ensinar" às portuguesas que o automóvel não é sinónimo de estatuto, e que fica bem também às senhoras dar o exemplo.

Fui almoçar com uma amiga a Xabregas. Das Amoreiras desci à Baixa, e segui pelas ruas interiores, paralelas à Av. Infante D. Henrique. Passei pelas traseiras da estação de comboios de Santa Apolónia e sequi até à Rua de Xabregas.



(Esta bici estava estacionada junto a uma mercearia na Rua de Xabregas, a provar que as bicis são também viáveis muito para além da zona história ou do planalto central da cidade)


(A eléctrica estacionada no interior do IEFP de Xabregas)

Depois de almoço, subida da marginal até ao Alto de São João, pela Av. Afonso III. Uma rua íngreme, que exige algum esforço nos troços com 10% de inclinação. A eléctrica aqui é sem dúvida uma opção perfeitamente viável, para quem necessite de fazer esta subida todos os dias.

Depois de jantar na Cantina da Cidade Universitária, o regresso a casa fez-se com um acto insólito na Rua Braancamp, enquanto estava parado num semáforo: uma senhora saiu do seu carro, aproximou-se de mim e perguntou onde se vendem destas bicicletas :) Sugeri-lhe que pesquisasse na internet por "bicicletas eléctricas".

Hoje poupei mais de 5€ (combustível, parquímetro e desgaste do carro), comparativamente a quem utiliza o seu carro diariamente.

E assim se faz mais um dia a pedalar por Lisboa.

Paulo Santos
355 km de bicicleta eléctrica em Lisboa, desde 19.09.2008

Dia 157 - 22.10.2008

De Santos às Amoreiras
Da cota 05m à cota 110m, 3.5 + 3.5 km

Um dia calmo, de bicicleta eléctrica, numa ida à Escola Profissional de Ciências Geográficas para ir dar aulas.

Pelas 10:30h, com a eléctrica, subo de Santos pelas Rua D. Carlos I, Rua de São Bento, Rato, Rua Braancamp, Rua Castilho e Rua de Artilharia I. 3.5 km sempre a subir.

A bicicleta fica estacionada no interior da escola, no parque de estacionamento.

Regresso pelas 16:00h, sempre a descer até casa, onde por vezes atinjo velocidades superiores à permitida por lei, dentro das localidades.

Paulo Santos
327 km de bicicleta eléctrica em Lisboa, desde 19.09.2008

Dia 156 - 21.10.2008

De Santos ao Rêgo e Cidade Universitária
Da cota 05m à cota 105m, 15 km

Um dia sem grande estória no quotidiano de um utilizador diário de bicicleta: Saída de casa em Santos pelas 11:15h, com destino à Cidade Universitária. Com a bicicleta eléctrica, já nem me importo muito se a inclinação é mais ou menos acentuada, pelo que tenho seguido pela Rua de São Bento, Av. alexandre Herculano, Rua Braamcamp, Rua de Artilharia 1(até aqui sempre a subir), Parque Eduardo VII, Av. A.A. Aguiar, Praça de Espanha, Rêgo, Cidade Universitária.

Depois do descontraído almoço com colegas na cantina da Cidade Universitária (onde gentilmente, e numa óptica de promoção da bicicleta como meio de transporte, me autorizam a entrar com a bici), ida até ao gabinete de engenharia no Rêgo. Ao final da tarde, regresso a casa pelo mesmo percurso.

(Eu e a eléctrica, no hall de entrada da Cantina I da Cidade Universitária)

(Esta bici estava amarrada numas grades, próximo da cantina. Ao fundo, podem ver outra amarrada a uma árvore)

(A eléctrica estacionada em frente à Cantina)

Numa primeira fase do projecto "Bicicletas em Lisboa" deverão ser colocados estacionamentos bici junto à entrada de edíficios públicos, como cantinas, universidades e politécnicos, escolas e centros de formação profissional, centros de emprego, bibliotecas, hospitais, ministérios, juntas de freguesia, etc, etc. De preferência no seu interior, quando exista espaço.

Esta será sem dúvida uma medida rápida e de baixo custo a implementar, com grande impacte ao nível do estímulo para a utilização diária da bicicleta como meio de transporte na cidade de Lisboa.

Paulo Santos
320 km de bici eléctrica em Lisboa, desde 19.09.2008

Dia 155 - 20.10.2008

De Santos a Chelas, de bicicleta eléctrica
Da cota 05m à cota 90m, 7 + 5 + 12 km

Hoje necessitei de ir ao ISEL, em Chelas, conversar com a responsável dos mestrados no curso de engenharia Civil, pois está para breve a sua entrega.

Passei primeiro pela Cidade Universitária, onde almocei na Cantina, a 7 km de casa. Daí segui pela Av. do Brasil até à Rotunda do Aeroporto, e daí pela Av. Marechal Gomes da Costa, fazendo o desvio ao cimo, em direcção ao ISEL. 5 km percorridos

Regresso directo a casa, pelo mesmo caminho, a tirar fotos por todo o lado, para estudar soluções, caso-a-caso.

(Av. do Brasil, com os seus passeios largos, e em muitos troços, com pouco tráfego de peões)

Paulo Santos
305 km de bicicleta eléctrica em Lisboa, desde 19.09.2008

Dia 154 - 19.10.2008

De Santos à Baixa
6 km de passeio

Hoje foi um dia típico para um engenheiro civil freelancer: trabalho, trabalho, e mais trabalho. Comecei às 09:00h e só terminei às 18:00h.

Para aliviar o stress, nada com um passeio até à Baixa, passagem pelos Armazéns do Chiado e regresso a casa pelo Chiado e Calçada do Combro.

Maiores cumprimentos.

Paulo Santos
1620 km de bicicleta convencional em Lisboa, desde 01.01.2008

Dia 153 - 18.09.2008

De Santos ao Martinho da Arcada (Baixa) ... a pé
1700m

Hoje foi dia de estudos para a tese. Estudos comparativos de tempos: o mesmo percurso, a pé e de bicicleta convencional.

Depois de almoço fui tomar um café ao Martinho da Arcada, com um amigo. Fui a pé.
Ao final da tarde, fiz o mesmo percurso de bicicleta.

(O percurso, numa vista em fotografia aérea)

(A calçada e os carris do eléctrico - que já não assustam - na Rua do Arsenal)

Ficam os tempos, para este percurso de 1700m, a pé:
13:41h - Saída de casa (fecho da porta de casa)
13:43h - Saída da porta do prédio
13:45h - Largo do Conde de Barão
13:48h - Rua da Boavista
13:51h - Rua de São Paulo
13:54h - Travessa do Corpo Santo
13:54h - Rua Bernardino Costa
13:55h - Rua do Arsenal
13:58h - Praça do Município
13:59h - Praça do Comércio
14:01h - Martinho da Arcada

O mesmo percurso, agora de bicicleta:
19:00h - Saída de casa (fecho da porta de casa)
19:03h - Saída do portão da garagem
19:04h - Largo do Conde de Barão
19:06h - Rua da Boavista
19:06h - Rua da São Paulo
19:07h - Travessa do Corpo Santo
19:07h - Rua Bernardino Costa
19:08h - Rua do Arsenal
19:08h - Praça do Município
19:09h - Praça do Comércio
19:10h - Martinho da Arcada

Análise: Reparem que de bicicleta se reduz o tempo total de porta-a-porta de 20 minutos para 10. E se analisarmos apenas o tempo de utilização de bicicleta, este reduz-se ainda mais, para 07 minutos.

Médias: 5.1km/h a pé. 10.2km/h de bicicleta (incluido 3 minutos a pé dentro do prédio)

É comum ouvir colegas dizer " Eu demoro 30 minutos de carro, de casa ao trabalho". O que eles não dizem (porque nunca fizeram as contas), é quanto demoram da porta de casa ao carro, e do carro à porta do escritório. Sem esquecer com o tempo de procura de estacionamento. O que é curioso, é que eles, apesar de demorarem "30 minutos de carro", fecham a porta de casa 1 hora antes de "pegarem" ao trabalho. Curioso não é?

Paulo Santos
1614 km de bicicleta convencional em Lisboa, desde 01.01.2008

Dia 152 - 17.10.2008

De Santos às Amoreiras, Campo de Ourique, Rêgo, Saldanha e Cidade Universitária
Da cota mais baixa à mais alta da zona central da cidade, 25 km

Há uns dias, a Catarina, utilizadora diária de bicicleta em Lisboa, mas agora a pedalar por Copenhaga, perguntava se eu ainda não tinha convencido nenhum aluno meu a utilizar a bicicleta como meio de deslocação diária.

Hoje, tive a resposta: SIM. Um aluno da Escola Profissional de Ciências Geográficas veio hoje ter comigo a dizer que eu o tinha influenciado e que começara a ir de bicicleta para a escola. Percurso: do Rato às Amoreiras, cerca de 2 km a subir, e outros 2 a descer na volta.

(A bicicleta do meu aluno, amarrada ao lado da portaria da escola)

É assim que se influencia positivamente as pessoas: dando o exemplo !!! Falar adianta pouco. Pertencemos a uma geração que não se deixa convencer com palavras, mas sim com acções. Pedalemos então para dar o exemplo, e estimular outros a fazer o mesmo.

No dia de hoje percorri um total de 25 km pela cidade, em 7 viagens distintas:

Das 08:00h às 08:15h - De Santos à Rua de Artilharia I - 3.5 km
Das 10:30h às 10:35h - Da Artilharia I a Campo de Ourique (Rua do Cabo) - 1.5 km
Das 11:30h às 11:50h - De Campo de Ourique à Cidade Universitária - 5 km
Das 13:00h às 13:05h - Da Cidade Universitária ao Rêgo - 1.5 km
Das 17:00h às 17:15h - Do Rêgo ao Saldanha (Av. João Crisóstomo) - 2.5 km
Das 19:10h às 19:25h - Do Saldanha à Cidade Universitária - 4 km
Das 20:40h às 21:00h - Da Cidade Universitária a Santos - 7 km (quase sempre a descer, chego a atingir os 50 km/h)

Gastei 95 minutos nas minhas deslocações, para fazer 25 km, o que dá uma média de quase 16 km/h. Lembro que um automóvel faz, numa cidade como Lisboa, médias inferiores a 20 km/h.

(A eléctrica estacionada em frente a uma gráfica, em Campo de Ourique)

Se andasse de automóvel, hoje teria gasto 2 litros de gasóleo (2.60 € ), cerca de 2€ em parquímetros, e 0.75€ de desgaste do automóvel. No total poupei 5.35€

Gastei em electricidade, com o carregamento da bateria da bicicleta, 0.10€

Paulo Santos
281 km de bicicleta eléctrica em Lisboa, desde 19.09.2008

Dia 151 - 16.10.2008

Pela zona de Santos.
3 km

Hoje necessitei de ir visitar umas gráficas, aqui pelo bairro. As deslocações foram curtas e rápidas, a provar também que a bicicleta é mais do que viável nas curtas distâncias, ainda para mais nos bairros históricos, com ruas onde os carros não entram.

(A eléctrica na Madragoa)

(Esta estava ao cimo da Calçada do Combro. Achei curioso o atrelado. Foi o primeiro que vi em Lisboa)

(Esta estava amarrada, no Bairro Alto, pelas 22:00h)

Paulo Santos
256 km de bicicleta eléctrica em Lisboa, desde 19.09.2008

Dia 150 - 15.10.2008

De Santos às Amoreiras, Rêgo e Cidade Universitária
Da cota 05m às cotas 110m, 80m e 100m, 5+4.5+4.5+4+7km

Hoje fui dar aulas à Escola Profissional de ciências Geográficas, na Rua de Artilharia I (à mesma cota das Amoreiras). Com a eléctrica, nenhuma subida assusta, pelo que os 5 km de percurso pela Baixa, Rossio e Marquês fazem-se sem esforço nem suor. Aliás, deixei de levar toalha e camisa nos alforges, pois já não preciso de os usar, na medida em que o suor é mesmo zero.

Dei uma aula das 11:00h às 12:30h, depois fui almoçar à cantina da Cidade Universitária e regressei à escola para dar a aula da tarde, das 14:15h às 15:45h.

Às 16:10h já estava no gabinete de engenharia do Rêgo e às 18:00h regressei a casa, tenho estacionado a bicicleta às 18:25h.

Mais 25 km de bicicleta eléctrica pela cidade de Lisboa, que cada vez me fascina mais com as condições climatéricas: a meio de Outubro, estas temperaturas de 24ºC, com sol, são excepcionais para a utilização deste tipo de veículo.

É como conduzir um descapotável :)

Paulo Santos
253 km de bicicleta eléctrica em Lisboa, desde 19.09.2008

Dia 149 - 14.10.2008

De Santos ao Rêgo
Da cota 05m à cota 80m, 7+2+2+7km

Um dia inteiro passado no gabinete de engenharia do Rêgo. Subida de manhã, da zona ribeirinha ao planalto central da cidade. Almoço na Cidade Universitária e regresso ao gabinete.

Ao final da tarde, retorno a casa. Com a eléctrica, 25 minutos é o tempo porta-a-porta que necessito para me deslocar do Rêgo a Santos, onde moro.

E que prazer me dá, quando na Av. Fontes Pereira de Melo, a minha velocidade média é 3 vezes superior à dos veículos automóveis, que em hora de ponta não atingem sequer os 10 km/h nesta via. Com esta bicicleta, a minha velocidade média, nas deslocações de um dia, chega a atingir os 19 km/h.
Na convencional, 12 a 14 km/h.

Paulo Santos
228 km de bicicleta eléctrica, na cidade de Lisboa, desde 19.09.2008

Dia 148 - 13.10.2008

De Santos aos Restauradores
Da cota 05m à cota 16m, 6.7 km

Hoje acabei por trabalhar a maior parte do tempo em casa, contudo depois de almoço acabei por dar um salto à loja de bicicletas, para reparar um cabo de mudanças partido

De minha casa à Without Stress são 1500m planos, fáceis, pelas Ruas da Boavista, de São Paulo e Arsenal. Depois da reparação, acabei por ir tirar umas fotos ao Rossio e aos Restauradoures, para começar a "desenhar" os corredores de bicis que vou propor na minha tese. Fica aqui um cheirinho dos tipos de soluções que vou apresentar:

a. Zona ribeirinha: os 18 km planos da marginal têm um potencial ciclável enorme
b. Zonas partilhadas: bairros inteiros de Lisboa, muitos deles no planalto central, onde não é preciso mexer fisicamente, pois são zonas de pouco tráfego e baixas velocidades. Basta mexer na sinalização vertical e horizontal, e actualizar a legislação.
c. Corredores Bici partilhados com BUS: há semelhança de outros países, a legislação pode e deve contemplar a legalidade das bicicletas circularem nos corredores BUS. Já agora, motos também.
d. Corredores Bici partilhados com vias genéricas: corredor bici sobreposto com metade da via mais à direita. Têm prioridade aqui, naturalmente, as bicicletas.
e. Corredores Bici dedicados em ruas e avenidas: Nas vias mais largas, um pequeno reajuste na largura das vias genéricas pode facilmente permitir "ganhar espaço" para o corredor bici, para além de "acalmar" o tráfego.

(O corredor BUS do Rossio - cerca de 4m- tem largura suficiente para o corredor Bici - 1.2m a 1.5m)

Boas pedaladas.

Paulo Santos
1608 km de bicicleta convencional em Lisboa, desde 01.01.2008

Dia 147 - 11.10.2008

De Santos à Praça de Londres
Da cota 05m à cota 80m, 6.5 + 5 + 6 + 2 km

De regresso a Lisboa, após 7 dias por terras de Nuestros Hermanos a testar o sistema de aluguer de bicicletas partilhadas de Barcelona e Sevilha, para a minha tese de mestrado, fui esta tarde escontrar-me com uma equipa de reportagem da TVI para participar numa reportagem sobre mobilidade na cidade de Lisboa. Levei a bicicleta convencional.

O encontro foi na Praça de Londres, a 6.5 km de Santos. Saída de casa às 16:20h, chegada às 16:58h, 2 minutos antes da hora combinada. Também foram feitas filmagens na Av. de Roma, Av. do Brasil e entrada da Cantina II da Cidade Universitária, ao cimo da Av. das Forças Armadas, num percurso de 5 km. Aproveitei para jantar por lá, na companhia de amigos de longa data.

Regresso a casa pelas 20:00h, com passagem pelo Bairro Alto, para beber uma cerveja com amigos.

E assim se fez o regresso às pedaladas em Lisboa, depois de o ter feito em Barcelona e Sevilha, usando os sistemas Bicing e Sevici, geridos por empresas privadas.


(Eu e uma das bicicletas do sistema partilhado na cidade de Barcelona)

Paulo Santos
1601 km de bicicleta convencional em lisboa, desde 01.01.2008

Dia 146 - 03.10.2008

De Santos às Amoreiras e Rêgo
Da cota 05m à cota 110m, 3.5 + 3 + 5 + 1.5 km

Antes de ir apanhar o avião para Barcelona, às 16:30h, ainda tive de ir dar aulas à Escola Profisional nas Amoreiras, pelas 08:30h. Às 10:30h, depois das aulas, fui ao gabinete de engenharia no Rêgo para entregar os elementos finais de um projecto no qual estou a participar.
Ao 12:30h, deslocação até ao Chiado para almoçar com uma amiga. 13 km percorridos de bicicleta eléctrica, num dia agitado e cheio de compromissos.

A deslocação até ao aeroporto fez-se de eléctrico (E18) e autocarro (745). Por 75 cêntimos, poupam-se 10 euros, que seria o custo do táxi até lá.

Paulo Santos
210 km de bicicleta eléctrica em Lisboa, desde 19.09.2008

Dia 145 - 02.10.2008

De Santos ao Rêgo
Da cota 05m à cota 100m, 2 + 4 + (2 + 2) + (2 + 2) + 5 + 1 km

Hoje trabalhei o dia todo no gabinete do Rêgo, tendo ido almoçar e jantar à Cantina da Cidade Universitária. Passagem de manhã pela rua dos Correeiros, para ida à repartição de finanças da Baixa. Fiacam aqui os tempos e as distâncias:

09:40h - Saída de casa
09:50h - Finanças, na Baixa, a 2 km
10:15h - Saída das finanças
10:35h - Chegada ao gabinete de engenharia no rêgo, a 4 km
12:00h - Saída do gabinete
12:10h - Chegada à Cantina da Cidade Universitária, a 2 km
12:50h - Saída de cantina
13:00h - chegada ao gabinete, a 2 km
19:50h - Saída do gabinete
20:00h - Chegada à cantina, a 2 km
20:30h - Saída da cantina
20:52h - Chegada ao Bairro Alto, a 5 km
21:50h - Chegada a casa, em Santos, a 1 km

Uma curiosidade: à saída da cantina, pelas 20:30h, saí ao mesmo tempo que um amigo, tendo combinado com ele ir beber uma cerveja ao "Estádio", uma tasca na Rua de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto. Ele ia de metro até ao Rato, e depois seguiria a pé até à tasca. Eu iria de bicicleta.

Eu cheguei às 20:52h, e ele ... às 21:12h. Mais 20 minutos que eu, no total. Eu cheguei mesmo a passar pelo Rato muito antes dele, que foi de metropolitano.



(A eléctrica amarrada na grade da janela da tasca "O Estádio")

(A bicicleta é visível do interior da tasca, o que me dá bastante segurança contra roubo ou vandalismo)

Estas são as vantagens de se andar de bicicleta em Lisboa, seja convencional ou assistida electricamente: redução dos tempos e dos custos com deslocações, melhoria na forma física e psíquica, protecção do ambiente e um grande, grande gozo.

Vou ausentar-me de Lisboa durante uma semana. Vou a Barcelona e a Sevilha estudar, fotografar e utilizar as bicicletas partilhadas e as ciclovias destas cidades. Volto dia 10.

Cumprimentos a todos e boas pedaladas por Lisboa.

Paulo Santos
197 km de bicicleta eléctrica em Lisboa, desde 19.09.2008

Dia 144 - 01.10.2008

De Santos às Amoreiras e Cidade Universitária
Da cota 05m à cota 110m, 3.5 + 4.5 + 4.5 + 3 + 8 km

Um dia sem grande estória, depois da aventura de ontem, com um furo a 6 km de casa a obrigar-me a pedir assistência. Aqui ficam os tempos e as distâncias de hoje:

10:15h - Saída de casa
10:30h - Escola Profissional nas Amoreiras, a 3.5 km
12:30h - Saída da escola Profissional
12:50h - Chegada à Cantina da Cidade Universitária, a 4.5 km
13:45h - Saída da Cantina
14:05h - Chegada de novo à Escola Profissional, nas Amoreiras
15:45h - Saída da Escola Profissional
16:00h - Chegada ao gabinete de engenharia, no Rêgo, a 3km
19:45h - Saída do gabinete de engenharia
20:20h - Chegada a casa, a 9km, incluindo volta pela Baixa

Maiores cumprimentos

Paulo Santos
177 km de bicicleta electrica em Lisboa, desde 19.09.2008

Dia 143 - 30.09.2008

De Santos à Praça de Espanha
Da cota 05 à cota 80m, 6 +3 km

Mais um record quebrado: 22 dias a andar de bicicleta, num só mês. O anterior record era, curiosamente, no mês de Janeiro, com 21 dias.

Mas o dia não correu nada bem: na Praça de Espanha tive um furo, na eléctrica. Nem a câmara de ar nova, com líquido anti-furos me valeu. E ainda bem que isto aconteceu, por várias razões:

1º) Isto fez-me lembrar da importância de uma rede de oficinas para bicicletas, espalhada pela cidade.
2º) Do potencial de crescimento deste mesmo tipo de negócio. Em cada bairro pode haver viabilidade económica para pequenas oficinas de bairro, criando com isso postos de trabalho
3º) De uma desvantagem nesta bicicleta eléctrica: devido ao motor eléctrico no eixo da roda de trás, ao sistema de travão de tambor, ao cabo eléctrico que alimenta o motor e ao peso da bicicleta, torna-se quase impossível para o ciclista consequir mudar a câmara de ar sozinho. Esta máquina obriga a uma assistência de mão-de-obra especializada, numa loja ou oficina.

E eu estava a 6 km da Baixa, onde está a loja de bicicletas com quem trabalho. Solução: telefonar à rapaziada da Biclas para me irem buscar de carrinha :) E que fantásticos eles foram em me desempanar a bicicleta em tempo útil.

E isto fez-me lembrar também que as lojas e oficinas de bicicleta podem ter um serviço de assistência aos seus clientes, quando estes precisarem, de forma a que nunca fiquem "pendurados" no caminho.



(E eléctrica, com o pneu em baixo, junto do El Corte Inglés)

Depois de descarregar a bicicleta na loja, acabei por voltar para casa, e fazer o meu trabalho à "distância".

Ao final da tarde, fui buscar a bicicleta, já reparada, e dei uma volta de 3 km pela Baixa e Chiado.

Paulo Santos
153 km de bicicleta eléctrica em Lisboa, desde 19.09.2008

Relatos de quem já pedala pela cidade de Lisboa .............

São cada vez mais aqueles que usam a bicicleta como meio de transporte em Lisboa ( 29 testemunhos) ....................................... ver mais »

Engenharia Civil - Vias de Comunicação e Transportes

Intermodalidade de Transportes na cidade de Lisboa
Quanto lhe custa TER e USAR o seu automóvel ?
Os "100 dias" nos media

FAQs, Links, e informações de interesse para o ciclista ..........................

O código da estrada e os velocípedes ....................................
Rede de zonas cicláveis em Lisboa .....................................
Estacionamento para bicicletas, na cidade de Lisboa .............. brevemente
Rede de lojas e oficinas de bicicletas em Lisboa ............ brevemente
Transporte de bicicletas no metropolitano de Lisboa ...............
Transporte de bicicletas nos comboios da CP .....................
Transporte de bicicletas nos comboios da Fertagus ................
Transporte de bicicletas nos barcos da Transtejo e Soflusa ............
Custos comparativos com o uso do automóvel ............................ brevemente
Revistas da especialidade ......................................................... brevemente
Associações e grupos de entusiastas ........................................ brevemente
Eventos ................................................................................... brevemente

C.V. resumido


Currículo Vitae
Paulo Manuel Guerra dos Santos, Eng.º Civil.
Contacto: guerradossantos@gmail.com

Dados Pessoais
Nascido em 1973

Experiência Profissional
1995 a 2007 – Colaborador em diversas empresas de Projecto de Estradas e Consultoria (Proplano, Triede, Tecnofisil, Consulógica), onde desenvolveu competências na área do desenho e projecto de estradas, em particular com recurso às aplicações informáticas: AutoCAD, SMIGS e CIVIL 3D.

Experiência Pedagógica
1994 a 2007 – Mais de 6000h de formação ministradas em diversas escolas, centros de formação e empresas do continente e ilhas, nas áreas de Robótica Industrial, CAD, Topografia e Projecto de Estradas Assistidos por Computador.

Estágios Profissionais e Projectos Internacionais
2007 – Participação em projecto académico europeu na área da engenharia hidráulica, na Alemanha.
2007 – Estágio na Finnish Road Administration (Instituto de Estradas Finlandês), na cidade de Turku, na Finlândia.
2006 – Participação em projecto académico europeu na área da engenharia hidráulica, na Holanda.
1993/ 94 – Estágios na área da Robótica Industrial, em empresa tecnológica do sector metalomecânico, em Portugal.

Formação Académica
2007 – A preparar a tese de mestrado sob o tema “100 dias a ciclar na cidade de Lisboa”, com início previsto para 01 de Janeiro de 2008.
2007 – Conclusão da Licenciatura bi-etápica em Engenharia Civil, Ramo de Vias de Comunicação Rodoviárias, ISEL, com média de 15 valores.
1999 – Conclusão do Bacharelato em Engenharia Civil, ISEL, com média de 14 valores.

Formação Profissional em Novas Tecnologias de Informação
1995 a 2006 – Diversas acções de formação profissional nas áreas de Robótica Industrial, CAD, SIG, Topografia, Engenharia de Estradas, Design Gráfico e Criação de páginas de Internet.
1992 a 1994 – Curso de Robótica Industrial, CENFIM, com 3000h.

Formação Pedagógica
1994 a 2003 – Diversas acções de Formação Pedagógica de Formadores e Meios Audiovisuais.

Certificações Pedagógicas
Desde 2000 – Certificado pela AutoDESK, como formador autorizado em tecnologias de desenho e projecto assistidos por computador.
Desde 1998 – Certificado pelo IEFP como Formador, com CAP.

Resumo da situação actual
Actualmente exerce actividade em regime de freelancer como Técnico Especialista e Formador nas áreas de:

- Desenho Técnico Assistido por Computador (AutoCAD), para Arquitectura, Engenharia e Construção, a 2D, 3D e 4D.
- Modelação Digital de Terrenos, para Topografia (CIVIL 3D).
- Cálculo de Vias de Comunicação Rodoviárias Assistido por Computador (CIVIL 3D).

Outras informações
Disponibilidade total. Flexibilidade de horários. Habituado a viajar pelo país e pelo estrangeiro.
Muito bom nível de inglês falado e escrito. Excelentes capacidades de comunicação.
Não fumador. Dador de sangue. Praticante de desportos de combate.