O projecto dos "100 dias"

01.01.'08 - Apresentação e arranque do projecto ............ SIC
12.05.'08 - Primeiras conclusões aos 80 dias ................... SIC 02.07.'08 - Transportes amigos do ambiente .................. RTP2
18.09.'08 - Conclusões finais aos 130 dias ....................... TVI 22.09.'08 - Dia Europeu da Mobilidade 22.09.2008 ........ RTP1
02.11.'08 - Caia Quem Caia e as bicicletas ....................... TVI 30.12.'08 - Fim do Projecto dos "100 dias" ...................... RCP
01.01.'09 - Fim do projecto dos "100 dias" ...................... SIC 06.01.'09 - 100 dias na Prova Oral .......................... Antena 3


1 Outra reportagem
2 Outra reportagem
3 Outra reportagem
4 Outra reportagem
5 Carmona Rodrigues


Tese de mestrado "Contribuição do modo BICI na gestão da mobilidade urbana" - Descarregar PDF »»

Dia 121 - 30.08.2008

De Santos ao Rossio
Da cota 05m à cota 11m, passando pela 40m, num total de 6km

As noites de Sábado, no verão, pedem mesmo uma saída com os amigos. E nada melhor que ir ter com eles, para beber umas cervejas, ..................... de bicicleta :)

Saio de casa pelas 22:30h, em Santos, e pelas ruas planas na zona baixa da cidade, pedalo com pouco esforço os 2 km de distância até ao Rossio, em 8 minutos.


(Encontrei esta "Harley", estacionada junto à Casa do Alentejo)

(A minha bike, trancada na rua, em frente ao bar, na Rua das Portas de Santo Antão. Perfeitamente seguro, pois era totalmente visivel de dentro do bar)

O regresso a casa, pela 01:30h, não o faço pelo mesmo percurso pois, apesar de totalmente plano, gosto de subir as Ruas do Carmo e Garrett até ao Chiado e descer a Calçado do Combro. Têm mais gente, luz e animação. E isso agrada-me !!

Só por curiosidade, ficam aqui as distâncias médias percorridas de bike, anualmente, pelos cidadãos Europeus. Ainda há muito a fazer para melhorar o nosso desempenho nestas matérias.

The Netherlands................1019 km
Denmark............................958 km
Belgium..............................327 km
Germany............................300 km
Sweden..............................300 km
Finland...............................282 km
Ireland...............................228 km
Italy...................................168 km
Austria................................154 km
Greece.................................91 km
France..................................87 km
UK.......................................81 km
Luxembourg..........................48 km
Portugal..............................35 km
Spain....................................24 km

Cumprimentos.

Paulo Santos
1405 km percorridos de bicicleta em Lisboa, como meio de transporte, desde 01.01.2008

Dia 120 - 28.08.2008

De Santos ao Planalto Central
Da cota 05m à cota 85m, 7+7km

Ora aqui está o dia pelo qual eu esperava, desde que cheguei de férias: o regresso às pedaladas até ao planalto central da cidade de Lisboa.

Já regressei a Lisboa há uma semana mas ainda não tinha tido oportunidade de voltar à rotina diária de pedalar do Rio à Cidade Universitária, percurso habitual num dia comum de trabalho, ao longo do ano.

Santos, Rua de São Paulo e Arsenal (corredor BUS), Baixa (passeio) , Rossio e Restauradores (pela via), Av. da liberdade (pela lateral), Marquês de Pombal (pela lateral, em contramão), Av. Fontes Pereira de Melo (corredor BUS). Aqui desviei até ao Picoas Plaza para ir tomar um café com um amigo.

Relembro que aquele espaço é "Amigo das Bicicletas", existindo inclusivé 8 lugares de estacionamento para bikes, no átrio interior, ao cimo da rampa de entrada.

(A minha bike no estacionamento do Picoas Plaza, juntamente com mais outras duas, a atestar o sucesso da iniciativa da administração em permitir o acesso e estacionamento de bicicletas no interior deste espaço comercial.)

Penso que este é o primeiro espaço comercial, na zona central de Lisboa, com uma frequência diária regular de utilizadores de bicicleta. Tem todas as condições para isso, principalmente desde a colocação dos estacionamentos, em Junho passado.

Depois de uma cervejinha, segui caminho para a cantina de Faculdade de Ciências, no Campo Grande. Pela Av. 5 de Outubro, é sempre a descer, suavemente, até Entrecampos. Ainda para mais com companhia. "Apanhei" a meio do percurso um jovem arquitecto, que seguia na sua bike até casa, no Lumiar, vindo de Campolide, onde tem o ateliê.

Assim se vê o número crescente de utilizadores de bicicleta na cidade de Lisboa, mesmo sem corredores para ciclistas, a provar que a coexistência com os automobilistas não é de todo problemática. Este utilizador confessou-me que começou há 2 semanas nestas andanças, incentivado por um colega que também o faz.

Haja mais destes exemplos, e dentro em pouco, Lisboa será mesmo uma cidade onde se pode dizer que se anda de bicicleta. Só assim poderemos evoluir dos míseros 35 km que, em média, cada português faz montado na sua bicicleta, o que nos coloca em penúltimo lugar, na tabela dos países da U.E. a 15, no que respeita ao uso da bicicleta como meio de transporte.

Em Entrecampos, apanhámos a ciclovia do Campo Grande, que está lá, há 10 anos, para quem a quiser usar. Agradável, separada do resto do trânsito, junto a um jardim, com pavimento próprio. Pena ser tão curta.

Depois do jantar, segui pelo percurso inverso até casa. Desta vez, do Planalto Central, com uma cota média a rondar os 85m de altitude, para o Rio, à cota 05m

(Curiosidade: bicicletas amarradas no interior de um vão de escada, num prédio na Av. D. Carlos I, onde existe um espaço cultural no R/C)

Maiores cumprimentos

Paulo Santos
1399km percorridos de bicicleta, como meio de transporte, na cidade de Lisboa, desde 01.01.2008

Dia 119 - 25.08.2008

De Santos ao Bairro Alto (outra vez :))
Da cota 5m à cota 65m, 5.3km

Confesso que desde que cheguei de férias, as circunstâncias ainda não se proporcionaram para fazer grandes deslocações de bicicleta peola cidade de Lisboa, nomeadamente a ida até ao planalto central da cidade. Também confesso que ainda não entrei num ritmo de trabalho regular.

Por isso mesmo, vou usando a bicicleta em pequenas deslocações (menos de 3 km) nas proximidades de casa, como que a habituar o corpo e a prepará-lo . O Bairro Alto é uma delas. Apesar de ter de vencer um desnível de 60m, do rio à colina, a proximidade estimula-me a usar a bicicleta, mesmo à noite.

Para não ter de subir a Calçada do Combro, dou sempre uma volta maior indo até à Baixa, subindo posteriormente as Ruas do Carmo e Garrett até ao Chiado, em mudança leve e a ritmo descansado. Daí, é só mais um pulinho até ao Bairro Alto.

O regresso a casa faz-se sempre com o vento a bater na cara, e com a satisfação de utilizar um meio de transporte económico, 100% ecológico, ZERO emissões de CO2, saudável e rápido, pelo meio do trânsito caótico e das multidões que sempre existem por aquelas ruas.

(A minha bike amarrada nas grades do café "O Estádio", na Rua de São Pedro de Alcântara)

NOTA: hoje (27.08.2008) ao regressar a Lisboa, de automóvel, deparei-me com uma imagem inédita: um utilizador de bicicleta a transportar um criança na cadeirinha sobre o porta-bagagens. Não seria notícia, se isto não se passasse na Rotunda do Marquês de Pombal, em plena hora de ponta (19:30h).

Duas considerações: (i) Parece-me demasiado arriscado uma pessoa transportar uma criança de bicicleta, em plena hora de ponta, misturando-se com o trânsito automóvel, numa fase em que ainda não se instituiu ou educou as pessoas para o uso da bicicleta na cidade de Lisboa. Contudo (ii), apercebi-me que, devido ao espanto generalizado por esta ocorrência, todos os condutores, repito, todos os condutores (inclusivé eu) reduziram a sua velocidade e prestavam uma atenção redobrada àquele veículo que lhes seguia à frente. Nota positiva aqui, a demonstrar que a bicicleta é sem dúvida um importante interveniente na gestão da mobilidade urbana, e dissuasor de atitudes agressivas na condução.

Maiores cumprimentos.

Paulo Santos
1385 km percorridos de bike na cidade de Lisboa, como meio de transporte, desde 01.01.2008

Dia 118 - 24.08.2008

Pela Baixa Lisboeta, num domingo sem carros.
Da cota 05m à cota 11m, 6.5 km no total

É notória a quantidade de pessoas que ao fim-de-semana começa a utilizar a bicicleta como meio de deslocação/passeio, mais de que apenas um meio de praticar desporto. É um primeiro passo e uma excelente forma de se ir ganhando confiança para uma utilização mais regular deste veículo, numa cidade que começa agora a despertar para as questões de mobilidade e segurança rodoviária para ciclistas.

A Baixa da cidade é prova disso. Tanto é, que diversas empresas já começam a operar no sector do turismo, sediadas nesta zona histórica da cidade de Lisboa, com base em veículos alternativos. Dos Segways aos carros eléctricos, dos triciclos às bicicletas eléctricas, vê-se de tudo um pouco, no que toca a meios alternativos de transporte. Neste caso, a serem utilizados com fins lucrativos no aluguer e transporte de turistas. Uma área de negócio em pleno crescimento. Há semelhança de resto, com o que já aconteceu em muitas outras capitais mundiais.


Os diversos veículos que a empresa "Red Tour" disponibiliza para aluguer, na Baixa Lisboeta.

Hoje (25.08), durante a tarde, de visita ao Picoas Plaza, fotografei estas bikes estacionadas na praça interior deste espaço. Relembro que desde Junho, é possível o seu estacionamento no interior deste centro comercial, existindo estacionamento para o efeito. Recebi inclusivé um e-mail da administração, atestanto a satisfação dos responsáveis deste espaço, pelo sucesso da iniciativa.


Esta outra, amarrada nas imediações do Picoas Plaza, também a dar o mote para uma cidade cada vez mais ciclável.


Maiores cumprimentos

Paulo Santos
1379 km percorridos de bicicleta na cidade de Lisboa, como meio principal de transporte, desde 01.01.2008

Dia 117 - 23.08.2008

À NOITE, PELAS RUAS DO BAIRRO ALTO
Da cota 5m à cota 60m, 7 km de volta

Temperatura: 21ºC; hora de saída: 22:00h; hora de regresso: 01:30h

De volta a Lisboa, após umas férias pela Beira Alta e mais de 250 km percorridos de bike pelas matas e aldeias da zona, resolvi aproveitar esta noite de sábado para voltar às pedaladas nesta cidade, apesar de já ter regressado há uns dias. E a surpresa foi boa. Após um mês fora da cidade foi agradável encontrar bicicletas amarradas pelos postes da cidade.




Estas estavam amarradas na Cidade Universitária, junto á Cantina da Faculdade de Ciências.


Esta original bike, amarrada mesmo em frente à estação de comboios de Santa Apolónia, serve como painél publicitário a uma pensão, localizada ali perto.

Mas voltando aos "100 dias", entre Santos e o Bairro Alto existe a Calçada do Combro, uma das vias mais inclinadas nesta zona da cidade: mais de 10% de inclinação para uma distância de 200m. Para a evitar, no percurso até ao Bairro Alto, dou uma volta um pouco maior, mas muito mais suave e igualmente agradável: sigo pelas ruas de São Paulo e Arsenal até à Baixa, daí até ao Rossio e depois subo calmamente pelas ruas do Carmo e Garrett até ao chiado, onde gosto de ficar um pouco a ouvir os artistas de rua.

Aqui acabei por conhecer um casal Espanhol, de Sevilha, de férias pela primeira vez na cidade. Naturalmente troquei imensas impressões com eles sobre o novo sistema de bicicletas partilhadas daquela cidade, o Sevibici, onde descobri que é elevado núnero de utilizadores atestando o sucesso da medida, mas onde ainda existem aspectos a melhorar.


Esta dobrável estava amarrada na Rua Garret, esta noite, junto aos Armazéns do Chiado. Curiosamente tenho visto cada vez mais bikes amarradas nesta zona.

Após uma cerveja na taberna "O Estádio", ainda percorri algumas das ruas do Bairro Alto com a bicicleta "à mão", mesmo pelo meio daquelas multidões nas ruas. É curioso observar a reacção das pessoas, ao verem uma bicicleta passar-lhes á frente. Em poucos anos, espero, vai passar a ser comum.
O regresso a casa faz-se a descer pela Calçada do Combro. 4 minutos até casa, sempre, mas sempre a descer :)

Paulo Santos
1373 km percorridos de bicicleta na cidade de lisboa, como meio principal de transporte, desde 01.01.2008

Relatos de quem já pedala pela cidade de Lisboa .............

São cada vez mais aqueles que usam a bicicleta como meio de transporte em Lisboa ( 29 testemunhos) ....................................... ver mais »

Engenharia Civil - Vias de Comunicação e Transportes

Intermodalidade de Transportes na cidade de Lisboa
Quanto lhe custa TER e USAR o seu automóvel ?
Os "100 dias" nos media

FAQs, Links, e informações de interesse para o ciclista ..........................

O código da estrada e os velocípedes ....................................
Rede de zonas cicláveis em Lisboa .....................................
Estacionamento para bicicletas, na cidade de Lisboa .............. brevemente
Rede de lojas e oficinas de bicicletas em Lisboa ............ brevemente
Transporte de bicicletas no metropolitano de Lisboa ...............
Transporte de bicicletas nos comboios da CP .....................
Transporte de bicicletas nos comboios da Fertagus ................
Transporte de bicicletas nos barcos da Transtejo e Soflusa ............
Custos comparativos com o uso do automóvel ............................ brevemente
Revistas da especialidade ......................................................... brevemente
Associações e grupos de entusiastas ........................................ brevemente
Eventos ................................................................................... brevemente

C.V. resumido


Currículo Vitae
Paulo Manuel Guerra dos Santos, Eng.º Civil.
Contacto: guerradossantos@gmail.com

Dados Pessoais
Nascido em 1973

Experiência Profissional
1995 a 2007 – Colaborador em diversas empresas de Projecto de Estradas e Consultoria (Proplano, Triede, Tecnofisil, Consulógica), onde desenvolveu competências na área do desenho e projecto de estradas, em particular com recurso às aplicações informáticas: AutoCAD, SMIGS e CIVIL 3D.

Experiência Pedagógica
1994 a 2007 – Mais de 6000h de formação ministradas em diversas escolas, centros de formação e empresas do continente e ilhas, nas áreas de Robótica Industrial, CAD, Topografia e Projecto de Estradas Assistidos por Computador.

Estágios Profissionais e Projectos Internacionais
2007 – Participação em projecto académico europeu na área da engenharia hidráulica, na Alemanha.
2007 – Estágio na Finnish Road Administration (Instituto de Estradas Finlandês), na cidade de Turku, na Finlândia.
2006 – Participação em projecto académico europeu na área da engenharia hidráulica, na Holanda.
1993/ 94 – Estágios na área da Robótica Industrial, em empresa tecnológica do sector metalomecânico, em Portugal.

Formação Académica
2007 – A preparar a tese de mestrado sob o tema “100 dias a ciclar na cidade de Lisboa”, com início previsto para 01 de Janeiro de 2008.
2007 – Conclusão da Licenciatura bi-etápica em Engenharia Civil, Ramo de Vias de Comunicação Rodoviárias, ISEL, com média de 15 valores.
1999 – Conclusão do Bacharelato em Engenharia Civil, ISEL, com média de 14 valores.

Formação Profissional em Novas Tecnologias de Informação
1995 a 2006 – Diversas acções de formação profissional nas áreas de Robótica Industrial, CAD, SIG, Topografia, Engenharia de Estradas, Design Gráfico e Criação de páginas de Internet.
1992 a 1994 – Curso de Robótica Industrial, CENFIM, com 3000h.

Formação Pedagógica
1994 a 2003 – Diversas acções de Formação Pedagógica de Formadores e Meios Audiovisuais.

Certificações Pedagógicas
Desde 2000 – Certificado pela AutoDESK, como formador autorizado em tecnologias de desenho e projecto assistidos por computador.
Desde 1998 – Certificado pelo IEFP como Formador, com CAP.

Resumo da situação actual
Actualmente exerce actividade em regime de freelancer como Técnico Especialista e Formador nas áreas de:

- Desenho Técnico Assistido por Computador (AutoCAD), para Arquitectura, Engenharia e Construção, a 2D, 3D e 4D.
- Modelação Digital de Terrenos, para Topografia (CIVIL 3D).
- Cálculo de Vias de Comunicação Rodoviárias Assistido por Computador (CIVIL 3D).

Outras informações
Disponibilidade total. Flexibilidade de horários. Habituado a viajar pelo país e pelo estrangeiro.
Muito bom nível de inglês falado e escrito. Excelentes capacidades de comunicação.
Não fumador. Dador de sangue. Praticante de desportos de combate.