De Santos ao Bairro Alto (outra vez :))
Da cota 5m à cota 65m, 5.3km
Confesso que desde que cheguei de férias, as circunstâncias ainda não se proporcionaram para fazer grandes deslocações de bicicleta peola cidade de Lisboa, nomeadamente a ida até ao planalto central da cidade. Também confesso que ainda não entrei num ritmo de trabalho regular.
Por isso mesmo, vou usando a bicicleta em pequenas deslocações (menos de 3 km) nas proximidades de casa, como que a habituar o corpo e a prepará-lo . O Bairro Alto é uma delas. Apesar de ter de vencer um desnível de 60m, do rio à colina, a proximidade estimula-me a usar a bicicleta, mesmo à noite.
Para não ter de subir a Calçada do Combro, dou sempre uma volta maior indo até à Baixa, subindo posteriormente as Ruas do Carmo e Garrett até ao Chiado, em mudança leve e a ritmo descansado. Daí, é só mais um pulinho até ao Bairro Alto.
O regresso a casa faz-se sempre com o vento a bater na cara, e com a satisfação de utilizar um meio de transporte económico, 100% ecológico, ZERO emissões de CO2, saudável e rápido, pelo meio do trânsito caótico e das multidões que sempre existem por aquelas ruas.
(A minha bike amarrada nas grades do café "O Estádio", na Rua de São Pedro de Alcântara)
NOTA: hoje (27.08.2008) ao regressar a Lisboa, de automóvel, deparei-me com uma imagem inédita: um utilizador de bicicleta a transportar um criança na cadeirinha sobre o porta-bagagens. Não seria notícia, se isto não se passasse na Rotunda do Marquês de Pombal, em plena hora de ponta (19:30h).
Duas considerações: (i) Parece-me demasiado arriscado uma pessoa transportar uma criança de bicicleta, em plena hora de ponta, misturando-se com o trânsito automóvel, numa fase em que ainda não se instituiu ou educou as pessoas para o uso da bicicleta na cidade de Lisboa. Contudo (ii), apercebi-me que, devido ao espanto generalizado por esta ocorrência, todos os condutores, repito, todos os condutores (inclusivé eu) reduziram a sua velocidade e prestavam uma atenção redobrada àquele veículo que lhes seguia à frente. Nota positiva aqui, a demonstrar que a bicicleta é sem dúvida um importante interveniente na gestão da mobilidade urbana, e dissuasor de atitudes agressivas na condução.
Maiores cumprimentos.
Paulo Santos
1385 km percorridos de bike na cidade de Lisboa, como meio de transporte, desde 01.01.2008
1 comentário:
Olá Paulo,
Espero que as férias tenham sido boas. E que bom teres voltado a publicar no blog. Gostei da descrição do que aconteceu no marquês de pombal. Aspecto importante e que me chamou a atenção: todos os automobilistas souberam exactamente o que fazer. Nenhum deles teve uma formação específica para lidar com ciclistas, mas todos souberam exactamente como reagir. Concordo que ainda pode ser um pouco perigoso, mas na verdade pode deixar de o ser se mais pessoas fizessem o que esse pai fez com o seu filho. É como demonstram todos os estudos... Quanto maior for o número de peões e ciclistas mais convivência há entre estes e automobilistas e menos acidentes ocorrem. Um abraço desde Moçambique,
Hugo
http://mozambiquebikeculture.blogspot.com/
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