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Da cota 05m à cota 110m, 17km no total do dia
Hoje saí de casa pelas 11:00h. Já não está tão fresco como pela manhã, mas ainda não está aquele calor abrasador, uma das desculpas utilizadas por muitos dos ignorantes* que nunca experimentaram a bicicleta na cidade de Lisboa, mas que gostam de falar disso como se fossem verdadeiros especialistas.
O caminho, mais do que habitual: Santos à Baixa, Restauradores ao Marquês, António Augusto de Aguiar à Praça de Espanha, Rêgo à Cidade Universitária.
Mas o mais curioso é o cada vez maior número de bikes que vejo amarradas por toda a cidade. Sinónimo de que alguém as utiliza.
(bicicleta do passeio Lisboa Bike Tour do último domingo, amarrada no Marquês de Pombal, a provar que dão perfeitamente como bicicletas de uso diário na capital (depois de afinadas))
(bicicletas amarradas junto à cantina da Cidade Universitária, a provar que os estudantes do superior estão a aderir cada vez mais a este meio de transporte)
Depois do almoço dirigi-me às Amoreiras onde fui dar aulas, na E. P. de Ciências Geográficas, num dos pontos mais altos da zona central da capital: 110m acima do rio.
No final da tarde, mais um espectacular regresso a casa, a uma média superior a 20 km/h, graças às descidas vertiginosas que apanho na Artilharia I e Rua de São Bento. Tentem lá fazer esta média de automóvel, em hora de ponta, no centro da cidade :)
À noite, fui tomar uma cervejinha com um amigo ao Bairro Alto, e vejam lá o que vi amarrado a um poste no largo da Santa Casa :)
* Ignorante: aquele que fala daquilo que não sabe ou que nunca experimentou (e há por aí muitos, infelizmente).
P.S. Hoje falhou-me a pilha do ciclómetro, pelo que só contou metade dos quilómetros que fiz :)
Paulo Santos
11332m de altitude e 1209 km de bicicketa em Lisboa desde 01/Jan/208
4 comentários:
Amigo Paulo,
Você quer provar teses apenas com meros indícios... ehehe...
"bicicleta do passeio Lisboa Bike Tour do último domingo, amarrada no Marquês de Pombal, a provar que dão perfeitamente como bicicletas de uso diário na capital (depois de afinadas))"
Isso só prova, para já, o seguinte:
1. Que por ser recente obviamente que está a ser utilizada.
2. Que o dono não tem uma melhor, pois se tivesse não andava com aquilo.
3. Nada lhe garante que não esteja abandonada desde domingo.
4. Mas o que provaria alguma coisa era as outras 8.499 a circular pela cidade.
5. Se em 8.500 distribuídas, você encontra uma, desculpe lá, mas a única cousa que se prova é que as 8.499 que não se encontram na cidade nem estão a ser utilizadas na cidade.
Digo eu...que costumo não ter razão e ser um grande chato.
Agora, amigo Paulo, com sinceridade lhe digo: não é a minimizar os problemas que eles desaparecem ou se resolvem.
O discurso da facilidade é demagógico.
Na parte em que você tem andado a provar que é possível, eu apoio sem limites.
Mas a mensagem de que é fácil e não custa nada, desculpe, mas está votada ao fracasso porque não corresponde à verdade.
Por exemplo, na primeira Bike Tour dei assistencia a pessoas - homens e mulheres- que ao fim, de 2 meros Km quando o tabuleiro da ponte começou a inclinar tiveram caimbras...Imagine-se, caimbras ao fim de 2 meros Km. Para nós é ridículo. Mas as pessoas que são o alvo da militância ciclística urbana, têm este nível de (falta) de preparação fisica.
Andar a apregoar que é fácil começar com a bicicleta é excluí-las á partida de qualquer processo de convencimento. Por tremendamente racional que seja a mensagem - a sua e a minha.
Abraço e por favor não leve a mal os meus reparos.
Caro amigo Carneiro, chato ou não, com razão ou sem ela, os seus testemunhos neste blog apenas o enriquecem ainda mais com informação útil e opiniões, de uma pessoa com uma experiência em muitos milhares de quilómetros superio à minha e da de muitos outros utilizadores de bicicleta. Além disso, nunca esquecerei que o meu caro apareceu no primeiro dia do meu projecto (01/Jan/2008), na Praça do Comércio, com tempo frio e chuvoso, com uma energia enorme que me transmitiu e me deu força para avançar sem medo para este projecto.
Os meus agradecimentos por tudo isto, caro amigo.
Um grande abraço.
Paulo Santos.
Ó Carneiro
O meu problema é ser «analfabeto» mas pedi à minha filha que tambem é doutora para passar ao papel as minhas palavras.
Espere pela «pancada».
Viva a FPCUB.
Boas pedaladas.
VB
Esta questão do Bike Tour...
Por um lado é verdade:
- Que as bicicletas são muito fracas e (principalmente) são muito mal montadas.
- O preço do pacote é muito caro, pelos hiper's há bicicletas melhores por aquele preço.
- As bicicletas são tão más que pessoas que iriam querer passar a usar a bicicleta desistem, pensam que são todas assim!
Mas por outro lado:
- A bicicleta depois de afinada até funciona. Eu tenho uma que já deve ter 1000 km. Serviu para emprestar a uma amiga durante uns meses, para a minha namorada ir para o trabalho durante 6 meses e agora ainda a uso quando preciso de deixar a bicicleta presa a um poste.
- Tenho um colega que mora no Parque das Nações e trabalha na Av. da Liberdade. O ano passado começou a ir na bicicleta do Bike Tour para o trabalho. Entretanto experimentou outra e já não conseguiu voltar a pegar no chasso do Bike Tour!
Que penso eu do Bike Tour? Há vezes penso que é uma maneira de a empresa organizadora obter lucros chorudos, apoiada pela governo (Instituto da Droga).
Outras vezes penso que foi o melhor que podia ter acontecido para a divulgação da bicicleta, foi o pretexto para muitas pessoas começarem a usar a bicicleta.
Rui Sousa
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