O projecto dos "100 dias"

01.01.'08 - Apresentação e arranque do projecto ............ SIC
12.05.'08 - Primeiras conclusões aos 80 dias ................... SIC 02.07.'08 - Transportes amigos do ambiente .................. RTP2
18.09.'08 - Conclusões finais aos 130 dias ....................... TVI 22.09.'08 - Dia Europeu da Mobilidade 22.09.2008 ........ RTP1
02.11.'08 - Caia Quem Caia e as bicicletas ....................... TVI 30.12.'08 - Fim do Projecto dos "100 dias" ...................... RCP
01.01.'09 - Fim do projecto dos "100 dias" ...................... SIC 06.01.'09 - 100 dias na Prova Oral .......................... Antena 3


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5 Carmona Rodrigues


Tese de mestrado "Contribuição do modo BICI na gestão da mobilidade urbana" - Descarregar PDF »»

Dia 004 - 05/01/2007

Sábado. Dia de aulas de Futebol no estádio universitário. Meio de transporte habitual: o carro, claro! Mas não hoje. Hoje é dia de avançar, aos poucos, de bicicleta. Como devem imaginar, para quem como eu nunca, repito, NUNCA andou de bicicleta pela cidade, esta experiência tem de ser realizada com passos pequenos. Pelo que hoje, ainda por cima com esta chuva miudínha, me fez querer experimentar aquilo que chamo de "Mobilidade Integrada para Cicilistas". Lá saí eu de casa com a bina. Na realidade, da garagem. Tenha a máquina estacionada mesmo em frente do carro, pendurada num suporte de parede. Subi a Rua de São Bento até ao Rato (coisa para 1 km) e meti-me no metro para experimentar. É fantástico a facilidade com que nos deslocamos com a bina pelo metro. Os elevadores são largos, as cancelas mais largas permitem a passagem em simultâneo da bina e do ciclista, as carruagens permitem encostar a bina de forma a não cair nas curvas ou nas travagens. Uma experiência muito interessante. Um senhor de idade meteu conversa comigo, pois tinha visto a entrevista na SIC. Desejou-me boa sorte para o projecto, rematando com um "quero ver se também compro uma". Saí na Cidade Universitária e desci até aos campos de futebol de relva sintéctica.
Depois do treino, continuava a chuver, pelo que arranquei até à cantina II, na Av. da Forças Armadas, onde costumo almoçar com a rapaziada que já conheço há anos. Uma hora de agradável conversa. Tinha planeado voltar de bicicleta pela Av. 5 de Outubro, mas um amigo convenceu-me a ir de metro com ele até ao Rato e visitar o Museu de Ciência, onde ele trabalha. Assim o fiz e no final segui pelo Príncipe Real, até ao Largo do Camões, Calçada do Combro (a descer) e assim cheguei a casa.


Mais uma vez, as dificuldade foram poucas ou nenhumas, apesar de ter feito uma parte do percurso de metro. Mas é isto mesmo o meu projecto: estudar a mobilidade para ciclistas, mas integrando-a com outros meios de transporte, por vezes mesmo com o veículo privado. O carro não é o inimigo público. É mais um meio de transporte ao dispor das pessoas. Apenas tem de ser utilizado com moderação. E claro, reduzido ao máximo no centro das cidades.
Domingo vou trabalhar com um colega, na área do projecto de estradas, em Cascais. Ele costuma apanhar-me com o seu carro no Largo de Santos. Cascais é longe. Mas é fim-de-semana. O trânsito é pouco. Por isso, não vou andar de bina.

6 comentários:

anabananasplit disse...

Paulo, para Cascais pode continuar a opção pela multimodalidade levando a bicicleta no comboio, que, aos fins-de-semana e feriados além de gratuito não tem restrições de horário.

Quanto ao Metro e os elevadores, deve ter tido sorte com as estações que usou até agora, porque a maior parte das estações, parece-me que ou não têm elevadores, ou têm-nos mal sinalizados ou são pequenos para uma bicicleta normal. Estas dificuldades afectam também as pessoas com mobilidade condicionada e todos os utentes que transportem bagagem mais pesada , carrinhos-de-bebé, etc.

Já agora, onde é que encosta a bicicleta, nas carruagens? Nunca usei o metro com a bicicleta grande, mas presumo que ofereça os mesmos problemas que o comboio (ex. da linha de Cascais).

carneiro disse...

Ana, no metro encosta-se a bicicleta na contra-porta.
Tem razão com os elevadores. Na gare Oriente e Alameda já encontrei seguranças que impediram o uso do elevador com bicicleta.
(quando chove, é assim que venho para casa)

Força, Paulo. Poderia ter aproveitado para fazer a marginal a um domingo de manhã. O passeio é lindo. E quando estivesse cansado, metia-se no comboio.

Aliás, interessa-me muito as deslocações aos locais em redor de Lisboa.

Por outro lado, a multimodalidade é uma valência importante como diz a Ana. Mas se começamos a invadir o metro e a carris com as bicicletas, acabamos por entupir um serviço em especial para passageiros.

A bicicleta tem que conquistar um lugar próprio, como alternativa autónoma, autosuficiente na estrutura viária, constante, eficaz e viável. E não podemos incomodar os habituais passageiros do metro. Eles não têm que levar sistematicamente com as bicicletas. Digo eu ...

Frederico disse...

E os seguranças até estão 'certos', pois os senhores do Metro têm uma norma estúpida (é essa a palavra) que proibe o transporte de bicicletas nas escadas rolantes e elevadores:
«É proibido o transporte de bicicletas nas escadas mecânicas, tapetes rolantes e elevadores existentes nas estações e acessos;»
http://www.metrolisboa.pt/Default.aspx?tabid=735

anabananasplit disse...

Hélder,entretanto o Frederico já disse algo que até me tinha esquecido, que é a inexistência de infrastruturas adequadas ao transporte de bicicletas no Metro - quer as carruagens não preparadas, quer a proibição de usar os acessos (não me estou a ver a conseguir carregar facilmente a minha bicicleta normal de 20 kg escadas acima e escadas abaixo, ou pelo menos a alguma vez querer depois repetir a experiência!)...

Esta situação também acontece nos comboios, mas é, geralmente, menos grave porque as estações estão ao nível da rua.

Não acho que devamos ir incomodar os outros passageiros dos TP com as nossas bicicletas, o que acho é que seria sinal de inteligência e planeamento estratégico, os operadores de TP (apoiados e/ou incentivados pelo Estado) criarem extras para acomodarem mais utentes. Com bicicletas (e outros acessórios de mobilidade). Carruagens adaptadas (que dão para TODOS os tipos de passageiros, acessos adequados, parques de estacionamento, etc. Ganhavam clientes, as pessoas ganhavam alternativas de mobilidade, talvez houvesse menos carros a circular, menos poluição, menos trânsito motorizado privado,...

Nota: quando levo a bicicleta dobrável dobrada não considero que esteja a invadir o espaço de ninguém, se os outros podem levar os sacos do ginásio, os sacos de viagem, os trólleys das compras, os carrinhos de bebé, etc, eu também tenho direito a um pouco de bagagem. Claro que as bicicletas grandes normais é diferente, e aí a minha opinião é a de cima.

guerradossantos@gmail.com disse...

Caríssimos, mais uma vez obrigado pelo vosso forte apoio. Todas as opiniões, sugestões e críticas são fundamentais para o sucesso deste projecto. Não tive realmente problemas com o elevador da estação de metro do Rato. Na cidade universitária este não existe, mas a estação é muito pouco profunda, pelo que são apenas alguns degraus a vencer.
Em relação ao passeio pela marginal até Cascais usando a bicicleta, não tenho a menor dúvida da sua beleza, mas nesta situação, limitei-me a aproveitar a boleia de um outro colega que faz esse percurso de automóvel. Em todo o caso, sempre foi uma carro com 2 passageiros, em vez de 1, como é usual. Mas sem dúvida que vou testar essa intermodalidade com a CP. Até porque faz parte do estudo. Um abraço a todos.

Frederico disse...

Aproveite e convença o seu colega a ir consigo no comboio (com as binas) ao invés de irem os 2 de carro.

É que se andar de bicicleta é bom, andar com companhia ainda é melhor!

Relatos de quem já pedala pela cidade de Lisboa .............

São cada vez mais aqueles que usam a bicicleta como meio de transporte em Lisboa ( 29 testemunhos) ....................................... ver mais »

Engenharia Civil - Vias de Comunicação e Transportes

Intermodalidade de Transportes na cidade de Lisboa
Quanto lhe custa TER e USAR o seu automóvel ?
Os "100 dias" nos media

FAQs, Links, e informações de interesse para o ciclista ..........................

O código da estrada e os velocípedes ....................................
Rede de zonas cicláveis em Lisboa .....................................
Estacionamento para bicicletas, na cidade de Lisboa .............. brevemente
Rede de lojas e oficinas de bicicletas em Lisboa ............ brevemente
Transporte de bicicletas no metropolitano de Lisboa ...............
Transporte de bicicletas nos comboios da CP .....................
Transporte de bicicletas nos comboios da Fertagus ................
Transporte de bicicletas nos barcos da Transtejo e Soflusa ............
Custos comparativos com o uso do automóvel ............................ brevemente
Revistas da especialidade ......................................................... brevemente
Associações e grupos de entusiastas ........................................ brevemente
Eventos ................................................................................... brevemente

C.V. resumido


Currículo Vitae
Paulo Manuel Guerra dos Santos, Eng.º Civil.
Contacto: guerradossantos@gmail.com

Dados Pessoais
Nascido em 1973

Experiência Profissional
1995 a 2007 – Colaborador em diversas empresas de Projecto de Estradas e Consultoria (Proplano, Triede, Tecnofisil, Consulógica), onde desenvolveu competências na área do desenho e projecto de estradas, em particular com recurso às aplicações informáticas: AutoCAD, SMIGS e CIVIL 3D.

Experiência Pedagógica
1994 a 2007 – Mais de 6000h de formação ministradas em diversas escolas, centros de formação e empresas do continente e ilhas, nas áreas de Robótica Industrial, CAD, Topografia e Projecto de Estradas Assistidos por Computador.

Estágios Profissionais e Projectos Internacionais
2007 – Participação em projecto académico europeu na área da engenharia hidráulica, na Alemanha.
2007 – Estágio na Finnish Road Administration (Instituto de Estradas Finlandês), na cidade de Turku, na Finlândia.
2006 – Participação em projecto académico europeu na área da engenharia hidráulica, na Holanda.
1993/ 94 – Estágios na área da Robótica Industrial, em empresa tecnológica do sector metalomecânico, em Portugal.

Formação Académica
2007 – A preparar a tese de mestrado sob o tema “100 dias a ciclar na cidade de Lisboa”, com início previsto para 01 de Janeiro de 2008.
2007 – Conclusão da Licenciatura bi-etápica em Engenharia Civil, Ramo de Vias de Comunicação Rodoviárias, ISEL, com média de 15 valores.
1999 – Conclusão do Bacharelato em Engenharia Civil, ISEL, com média de 14 valores.

Formação Profissional em Novas Tecnologias de Informação
1995 a 2006 – Diversas acções de formação profissional nas áreas de Robótica Industrial, CAD, SIG, Topografia, Engenharia de Estradas, Design Gráfico e Criação de páginas de Internet.
1992 a 1994 – Curso de Robótica Industrial, CENFIM, com 3000h.

Formação Pedagógica
1994 a 2003 – Diversas acções de Formação Pedagógica de Formadores e Meios Audiovisuais.

Certificações Pedagógicas
Desde 2000 – Certificado pela AutoDESK, como formador autorizado em tecnologias de desenho e projecto assistidos por computador.
Desde 1998 – Certificado pelo IEFP como Formador, com CAP.

Resumo da situação actual
Actualmente exerce actividade em regime de freelancer como Técnico Especialista e Formador nas áreas de:

- Desenho Técnico Assistido por Computador (AutoCAD), para Arquitectura, Engenharia e Construção, a 2D, 3D e 4D.
- Modelação Digital de Terrenos, para Topografia (CIVIL 3D).
- Cálculo de Vias de Comunicação Rodoviárias Assistido por Computador (CIVIL 3D).

Outras informações
Disponibilidade total. Flexibilidade de horários. Habituado a viajar pelo país e pelo estrangeiro.
Muito bom nível de inglês falado e escrito. Excelentes capacidades de comunicação.
Não fumador. Dador de sangue. Praticante de desportos de combate.