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Da cota 05m à cota 100m, 17.6 km no total do dia
Chegou ao fim a aventura que iniciei em 01 de Janeiro passado. A informação que tenho agora, bem como a experiência adquirida no que diz respeito às bicicletas e à cidade de Lisboa, permitem-me agora iniciar um novo projecto: + 100 dias de bicicleta em Lisboa.
A tese de mestrado é só para entregar lá mais para o final do ano, pelo que mais uma centena de dias a pedalar pela cidade certamente irão ser uma mais valia.
Hoje saí de casa pelas 10:30h, ainda relativamente fresco, com destino à Cidade Universitária. Parei pela Biclas para conversar com aquela rapaziada e pôr-me a par das novidades em termos de material. O percurso:
- Rua de S. Paulo (via BUS)
- Rua do Arsenal (via BUS)
- Rua de S. Julião (plena via)
- Rua Augusta (passeio)
- Rossio (plena via)
- Restauradores (plena via)
- Av. da Liberdade ((plena via, lateral)
- Av. Fontes Pereira de Melo (passeio, contramão)
- Av. António de Augusto de Aguir (plena via)
- Praça de Espanha (passeio)
- Rêgo (plena via)
- Av. das Forças Armadas (passeio)
- Cidade Universitária (plena via)
Depois de almoço, desloquei-me até ao bairro de Alvalade, a um dos centros de formação onde dou aulas. O percurso foi:
- Alameda das Universidades (plena via)
- Campo Grande (ciclovia)
- Alvalade, Rua da Igreja (plena via)
(a ciclovia do Campo Grande, entre a Av. do Brasil e Entrecampos, permite-me chegar com rapidez e segurança ao Bairro de Alvalade)
(passagem desnivelada para peões e ciclistas, que liga o jardim do Campo Grande ao início da Rua da Igreja, no Bairro de Alvalade)
Depois de uma breve visita ao centro de formação, onde deixei a bike estacionada no piso -1 de estacionamento para automóveis, dirigi-me ao gabinete de engenharia no Rêgo. Voltei a passar pela passagem desnívelada para o jardim do Campo Grande, onde apanhei de novo a ciclovia até Entrecampos. Daí fui pela Av. 5 de Outubro até à estação de comboios onde virei para cima até ao Rêgo.
Ao final da tarde, regresso a casa, pela Praça de Espanha, Parque Eduardo VII, Rato e Rua de São Bento.
Com muita pena minha, não utilizo com frequência a ciclovia do Campo Grande, pois fica desviada dos meus trajectos habituais. Por isso mesmo, é curioso verificar algumas diferenças entre andar numa via dedicada a ciclistas, ou na estrada, a partilhar o espaço com os automóveis:
- Maior segurança, pois não tenho de me preocupar com os automóveis. Maior conforto, pois não tenho pavimentos degradados nem lancis a vencer. Maior rapidez graças à linearidade do traçado. Maior conforto visual, graças ao jardim. Menor poluição acústica e atmosférica, apesar da proximidade com as vias automóveis.
Este pequeno trajecto fez-me sentir como será um dia Lisboa quando forem criados os corredores específicos para utilizadores de bicicleta, sejam partilhados com outros utilizadores do espaço público ou exclusivos a bicicletas. Aí sim, a liberdade e o prazer em utilizar a bicicleta será total.
Cumprimentos.
Paulo Santos
11203m de altitude e 1201km percorridos de bike na cidade de Lisboa, desde 01/Jan/2008
7 comentários:
Parabéns, o projecto vai mesmo esticar-se!
Vou continuar a seguir-te aqui.
Abraço
Utilizo a ciclovia do campo grande com o meu filho mais novo (8 anos), pois é um espaço excelente para a iniciação dos miúdos.
NO domingo passado o tunel ou passagem desnivelada que dá acesso à Av. da Igreja estava fechado á chave.
Tive que atravessar a faixa de rodagem que naquele local não tem passadeira e é uma autentica via rápida.
O tunel, regra geral, está sujo e mal-cheiroso.
Como sei que vem aqui gente com responsabilidades na matéria...
Eu utilizo diáriamente a Ciclovia do Campo Grande.
É realmente uma grande diferença em termos de conforto. Podemos ir mais devagar, descontraidamente, a pensar na vida, sem estarmos preocupados com o carro que vem atrás ou ao lado.
E é tão fácil prolongar a ciclovia até ao Terreiro do Paço...
Também uso a ciclovia do Campo Grande todos os dias... A minha única razão de queixa é dos peóes. É verdade que não são muitos, nem eu pretendo ser fundamentalista.
Mas acho sempre impressionante como, tendo um passeio ENORME ao lado, as pessoas não prezam a sua própria segurança a ponto de circular SEMPRE na ciclovia, de COSTAS para as bicicletas!!
O que eu acho mais cómico é mesmo na passadeira junto à Alameda das Universidades: as pessoas esperam pelo verde ALINHADAS NA CICLOVIA, e o passeio ao lado vazio!
Não posso defender mais veementemente a criação de ciclovias em Lisboa, mas acho que a população pedestre vai ter de passar por um período de formação cívica que envolve campaínhas... :)
Em relação ao q o Luis disse, posso dar o exemplo contrário de Viena, onde estive em lazer: cometia o mm erro como peão, q o Luis refere. Recordo que a reacção deles (expressão facial) era de algum incómodo pela minha distracção, revelando como a utilização de bicicleta lá, está bem mais à frente. Se a utilização de bicicleta cá for mais comum (como aqui se preconiza), pouparemos estas figuras no estrangeiro ;)
Eu vivi em Amsterdão 9 meses, quando estava a fazer o estágio da licenciatura, e é claro que também cometi esse erro, e levava logo com o trrim-trrim :)
Mas, em minha "defesa" e dos meus amigos que me iam visitar, quando púnhamos o pé na ciclovia não reparávamos porque era da mesma côr do passeio, tinha era uma pequena depressão. Agora, a do Campo Grande é bem vermelha, com um passeio de alcatrão/gravilha ao lado, não há como enganar.
Eu acho que é mesmo uma atracção irracional que move as pessoas para as faixas vermelhinhas :)
A ciclovia do Campo Grande pode permitir muita coisa, mas rapidez é que não permite!
E quanta a segurança, duvido muito.
Aquela 'passadeira' logo no início perto do museu de cidade então, só não acontecem mais acidentes porque quem vai de biciceta vai bem devagar!
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