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Ontem fui dar aulas a um centro de formação na Praça do Chile, pela primeira vez desde que iniciei este projecto. Como sempre tenho feito, a primeira vez que vou a um sítio não levo a bicicleta. Existem demasiadas incognitas para que eu me sinta à vontade. Por isso, ontem, preocupei-me em observar e retirar elementos da envolvente: os percursos, os tempos, o sítio para estacionar, as condições para um higiene rápida no corpo, etc ...
Hoje, saí de casa com a bike, para ir a esse mesmo centro de formação. Percurso:
Santos, Baixa, Rossio, Martim Moniz, Av. Almirante Reis, Praça do Chile.
Surpresas agradáveis:
1º A inclinação da Av. Almirante Reis, que subi pela primeira vez, rondará os 2.0%-2.5%. A um ritmo calmo, sobe-se bem.
2º As temperaturas da manhã, mesmo no verão, são agradáveis, permitindo subir sem esforço acrescido.
3º Às 09:00h, não notei que existisse um tráfego muito intenso nesta via da cidade.
4º Deixei a bicicleta dentro de uma loja, que redescobri pertencer a um familiar :)
5º Descobri que, afinal, há mais gente a andar de bicicleta em Lisboa do que se julga.
(uma bike amarrada junto à estação de metro do Martim Moniz)
(um ciclista a subir a Av. Almirante Reis, e bem carregado)
(mais um ciclista a subir a Av. almirante Reis. O ponto amarelo que vâm nas suas costas, é o capacete da criança que ele transporta atrás, na cadeirinha. Excepcional, não é?)
(e mais um jovem de bicicleta, na Rua Morais Soares)
No troço inicial da Av. Almirante Reis, durante uns bons 600m, o pavimento está completamente deformado na berma, tornando desagradável a condução de bicicleta.
(deformação e degradação do pavimento, na berma, junto aos carris do eléctrico 28)
Ao final do dia, dei um salto ao gabinete de engenharia do Rêgo. Da Praça do Chile segui pela Av. Guerra Junqueiro, em sentido contrário ao do trânsito, pelo passeio que é largo e no sentido ascendente. Praça de Londres, Av. Elias Garcia, Av. Berna e Rêgo. 20 minutos de percurso pelas 17:30h.
A Av. Elias Garcia é uma via exemplar no que toca a no futuro ser uma zona partilhada por automóveis e bicicletas:
- Passeio central com árvores,
- Uma única via de circulação em cada sentido, e estreita, estimulando velocidades reduzidas.
- É uma via perpendicular às principais, como a Av. da República ou Av. 5 de Outubro, o que significa um ciclo de semáro mais longo de vermelho, mais uma vez, estimulando velocidades baixas.
- Estacionamentos à esquerda e à direita.
Em suma, uma via secundária exclusivamente para acesso local.
Pelas 19:00h regressei a casa, desta vez por caminhos já familiares:
- Praça de Espanha,
- Av. António Augusto de Aguiar,
- El Corte Ingés,
- Parque Eduardo VII,
- Rua de Artilharia 1 (dou esta volta para fugir ao Marquês em hora de ponta),
- Rato,
- Rua de São Bento a mais de 50km/h (com capacete),
- e Santos.
Aproxima-se a passos largos o final deste projecto ... e o início de outro:
" +100 dias de bicicleta em Lisboa "
Cumprimentos.
Paulo Santos
10811m de altitude e 1174km percorridos de bicicleta em Lisboa, desde 01/Jan/2008
8 comentários:
Parece-me interessante divulgar neste seu espaço a iniciativa da SCML, com a particularidade da prova de bicicleta no dia 6 de Julho que não deixa de ser mais uma acção para reforçarmos a mobilidade deste meio na cidade de Lisboa.
Detalhes em: http://510anos.scml.pt/
A si, parabéns pela iniciativa!
Vou sem dúvida divulgá-lo. Infelizmente não estarei em Lisboa esse fim-de-semana, mas muitos utilizadores de bicicleta se juntarão sem dúvida a esta iniciativa da Santa Casa.
Obrigado pelo apoio.
Paulo Santos.
Nestes últimos 2 dias também pedalei muito!
Ontem fui para o trabalho e vim almoçar a casa, dá 31 km. Depois, no final do dia, ainda enchi o reboque de coisas que tinha para levar à minha mãe (uns 25 kg) e na volta parei no supermercado. No total foram 46 km!
Hoje fui para o trabalho e voltei a vir almoçar a casa. No final do dia encontrei-me com a minha namorada na ciclovia do Campo Grande, para irmos jantar ao Picoas Plazza, experimentando os novos estacionamentos.
Mas estavam muitos restaurantes fechados, acabámos por ir jantar a um italiana com esplanada junto ao Parque Eduardo VII.
No total foram mais 39 km!
No final do dia já tinha perdido a conta às pessoas que vi de bicicleta pela cidade!
Rui Sousa
Rui, excelente testemunho. Se vir por aí um tipo de bicicleta com uma bandeirinha pendurada, mande-o parar, e dê-lhe dois dedos de conversa.
Continuação de boas voltas pela cidade.
Paulo Santos.
Sobre a Almirante Reis e o início até à Igreja dos Anjos - percurso com carris dos eléctricos!
Eu quando passo por aí normalmente vou imediatamente à esquerda dos carris...
Opto por isso por tanto o espaço à direita como o espaço entre carris ser demasiado irregular!
Para além disso permite-me mais facilmente desviar-me para a faixa da esquerda se vier um eléctrico e eu estiver a ir realmente mais lento, ou pelo contrário ultrapassar um eléctrico que esteja na paragem.
Entretanto, queria aproveitar para te dar os parabéns pelo fim próximo dos 100 dias!
É com agrado que vi que rapidamente ultrapassaste as dúvidas que terias quanto à dificuldade que andar de bicicleta representa e que tens conseguido muitas vitórias para que as bicicletas sejam vistas com outros olhos.
Nomeadamente as diversas entrevistas em que apareceste na televisão (uma ou outra opinião que transmitiste não coincide com as minhas mas isso é uma das belezas da nossa sociedade), o espaço de debate que este teu blog tem sido e também o famoso parqueamento do Picoas (mesmo que seja um wheel bender).
Acabámos por nunca nos encontrar, o que tenho pena, mas acredito que tal ainda irá acontecer.
Novamente, muitos Parabéns pela tua iniciativa!
Frederico
parabens por ter levado a cabo tal experiencia e desta forma mostrar que Lisboa tambem é transitavel por outro tipo de veiculos. tambem costumo ir ate ao meu local de trabalho de bike (Odivelas/Stª Apolonia).
parabens por ter levado a cabo tal experiencia e desta forma mostrar que Lisboa tambem é transitavel por outro tipo de veiculos. tambem costumo ir ate ao meu local de trabalho de bike (Odivelas/Stª Apolonia).
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