O projecto dos "100 dias"

01.01.'08 - Apresentação e arranque do projecto ............ SIC
12.05.'08 - Primeiras conclusões aos 80 dias ................... SIC 02.07.'08 - Transportes amigos do ambiente .................. RTP2
18.09.'08 - Conclusões finais aos 130 dias ....................... TVI 22.09.'08 - Dia Europeu da Mobilidade 22.09.2008 ........ RTP1
02.11.'08 - Caia Quem Caia e as bicicletas ....................... TVI 30.12.'08 - Fim do Projecto dos "100 dias" ...................... RCP
01.01.'09 - Fim do projecto dos "100 dias" ...................... SIC 06.01.'09 - 100 dias na Prova Oral .......................... Antena 3


1 Outra reportagem
2 Outra reportagem
3 Outra reportagem
4 Outra reportagem
5 Carmona Rodrigues


Tese de mestrado "Contribuição do modo BICI na gestão da mobilidade urbana" - Descarregar PDF »»

Dia 079 - 12/05/2008

SANTOS » AMOREIRAS » CID. UNIVERSITÁRIA » RÊGO » CHELAS » PICOAS PLAZA » SANTOS ... e sempre com a equipa de reportagem da SIC atrás :)

Aqui está o link para quem não viu a reportagem do Terra Alerta na SIC sobre a cidade de Lisboa e as bicicletas.
8 minutos de reportagem em prime time.

http://www.youtube.com/watch?v=UJMnt_AOaVQ


32 km pela cidade de Lisboa, em cima da bike. Foi este o meu dia normal de trabalho pela cidade, com a equipa do Terra Alerta da SIC a ter uma paciência descomunal e a acompanhar-me desde manhã cedo.

Filmaram todos os meus percursos, a minha aula e os meus alunos na Escola Profissional de Ciências Geográficas, o meu almoço na cantina, a minha reunião no gabinete de engenharia no Rêgo, o meu encontro com estudantes Erasmus no ISEL em Chelas e o encontro de final de tarde, no espaço excepcional que é o Picoas Plaza, com outros utilizadores diários de bicicleta, alguns deles encontrados pelo caminho e convidados à última da hora :) É assim o espírito de quem optou por este modo de transporte inteligente, económico, saudável e ecológico na cidade de Lisboa.

A reportagem passa no próxima quarta-feira, no jornal da noite da SIC.

Ficam aqui algumas fotos


(Fui o primeiro a chegar, e a ter o privilégio de inaugurar os estacionamentos para bikes gentilmente cedidos pela biclas.com e pelo caríssimo Vitor Branco e colocados bem no interior daquele espaço excepcional, junda das esplanadas)


(Outros começaram a chegar. Aqui vê-se o Hugo a estacionar a sua "Harley". Reparem só no pormenor dos pneus, tipo calhambeque :) Ele ADORA mesmo esta sua nova aquisição)

(Esta era a moldura de bikes que pela primeira vez invadiu aquele espaço)

(Houve tempo para brincarmos com as bikes uns dos outros. Apareceram por lá modelos excepcionais de máquinas, que todos quisemos experimentar: Até o reporter de imagem da SIC experimentou a minha. Também ele é utilizador diário de bike: todos os dias leva o seu filho de 3 anos è creche ... de bicicleta. Não é excepcional?)

(Vista geral do ambiente fantástico que se viveu neste final de tarde, com muitos a terem a oportunidade de dar o seu testemunho pessoal para a equipa de reportagem da SIC)

MAIORES AGRADECIMENTOS:

À equipa de reportagem do Terra Alerta da SIC, por promoverem a utilização diária de bicicletas na cidade de Lisboa.

À administração do Picoas Plaza pela ousadia em apoiarem um final de tarde diferente, abrindo as portas às bicicletas naquele espaço excepcional da cidade. Sei que estão a ponderar colocar definitivamente estacionamentos para bikes naquele mesmo sítio.

A todos os que lá apareceram para dar o seu testemunho e apoio a este projecto.

Ao ISEL e ao Professor Penim Loureiro por me "emprestar" os seus estudantes de Erasmus para me apoiarem na próxima iniciativa, a decorrer dia 31 de Maio.

À Biclas.com pelo material cedido e apoio a este projecto.

Ao Vitor Branco, pelo dinamismo e paixão pela "sua" cidade de Lisboa e pelas bicicletas.

À Escola Profissional e aos meus alunos, e à Atkins Engenharia pela permissão de captação de imagens no interior dos seus espaços.

À Elsa, por me estar sempre a recordar da criança que há em mim e que me faz avançar para estas aventuras.

À minha mãe por ...... (estou a brincar :))

A todos um grande abraço. Vêmo-nos por aí ... de bike.

Paulo Santos.

24 comentários:

RH disse...

parece que correu muito bem. foi mais uma excelente iniciativa que promoveu o uso da bicicleta em diversos níveis/dimensões.

juntou os utilizadores (socialização), possibilitou que um espaço comercial possa vir a colocar parqueamentos (mudança na visão empresarial e possível concretização).

e mais o programa terra alerta de amanhã (divulgação de massas).

não poderia ter sido melhor.

delta disse...

Fantástica iniciativa!
O Paulo está a contribuir de uma forma espectacular para o grande arranque na alteração de mentalidades.
Não sendo eu um utilizador da bicicleta na minha actividade profissional, faço uso da mesma sempre que posso (neste momento quase diariamente), na vertente de terapia física e mental.
Na zona do Campo Grande, é notório o crescendo de bikes de dia para dia.
Vejo numa das fotografias, o amigo Arnaldo, com os seus 67 anos e antigo imigrante na Alemanha, com muita experiência do uso da bicicleta no meio da confusão dos carros aqui e maior liberdade da "sua" cidade de Berlim, a quem peço desculpa pela minha falta de comparência, depois de certa forma, o ter influênciado a ir a esse "bike meeting".
Quais são os planos para dia 31 de Maio?
Para esse dia, tenho já alguns planos. Todavia, se me for possível, gostaria de participar.
Um abraço e mais que força no pedal, força mental para continuar a alterar mentalidades.
PS: No Sábado passado, estive num colóquio, onde um dos participantes foi o arqº. Manuel Salgado, vereador da CML.
Gostei muito do que ele disse sobre o que quer para Lisboa, ou seja, menos construção, mais espaços verdes, colocação de estacionamentos de bicicletas junto das estações do metro, dando a primasia a este meio de transporte, etc.

RH disse...

e que tal enviarmos um e-mail de agradecimento ao picoas plaza? parece-me importante demonstrar o apreço pela abertura deles. e já agora pedíamos que colocassem parqueamentos definitos para bicicletas

E-mail:
geral@dolcevita.pt

Nuno disse...

Uma excelente iniciativa como foi dito!!! Os meus parabens ao Paulo pela coragem e capacidades demonstradas. Espero que no futuro ainda se possam mobilizar mais pessoas, e que a visibilidade da iniciativa possa colocar alguma pressão junto dos decisores políticos e planeadores de urbanismo.

É possível haver crescimento económico e melhoria de qualidade de vida nas cidades, ao mesmo tempo que poupamos recursos energéticos e ambientais.

Não é uma utopia, mas infelizmente quase toda a nossa população tem que ser convencida disso - é com iniciativas destas que se atinge esse objectivo.

Parabéns Paulo!!

Tugaonbike disse...

Muito boa a iniciativa.

Posso dizer,"EU ESTIVE LÀ".

Espero puder,continuar a apoiar outras iniciativas.
Que tal no dia 31,a partida ser do Martinho,na "minha" Baixa.

Quanto ao colóquio,com a presença do Manuel Salgado,todos sabemos o que ele quer e pensa mas ...
Sabiam,que uma empresa privada e outra pública,pagam,uma ciclovia de Algés ao Trancão,mas para isso estamos,à espera há mais de mês de uma reunião,com o executivo camarário.
Mas deixemos as coisas tristes,Força Paulo.
Boas pedaladas.
VB

maisumpontodevista disse...

Descobri esta página depois de ter percorrido várias hoje, sempre à procura de coisas relacionadas com as bicicletas. Foi com surpresa que constatei que parece haver cada vez mais gente a circular em Lisboa de bicicleta, embora raramente encontre alguém a pedalar quando necessito de por lá me deslocar. Utilizei a bicicleta regularmente entre 1987 e 1991, para o trabalho, para a escola, para fazer compras, ir para a praia, etc, nos Açores e no Continente. Fiz uns milhares de quilómetros, (actualmente faço cerca de 11 mil por ano) mas um acidente impediu-me de utilizar a ginga por alguns anos. Recomecei em 2001, com a mesma utilização que fazia antes, e só uso o carro quando não tenho mesmo outra hipótese, pois além das razões económicas por ti referidas detesto conduzir.
Moro no deserto da margem sul, e aqui trabalho. 90% das minhas deslocações eram de bicicleta. O meu grande problema era que, sempre que precisava de ir a Lisboa (excepto quando vou para treinar, vou por Vila Franca, faz parte do treino), tinha de utilizar o carro. O transporte público não compensa para um utilizador ocasional como eu, economicamente e em relação ao tempo gasto. E, se queria ir de ginga, gastava mais dinheiro só no transporte da dita no barco que utilizando o carro, já com a portagem da ponte incluída. Agora, felizmente, o transporte de bicicletas na Transtejo é de borla. Passei a fazer mais de 95% de deslocações na ginga. Demos graças a quem teve tal iniciativa. Agora não há desculpas. Mas será mesmo assim? Este ano já fiz várias deslocações a Lisboa de bicicleta, e ainda não tive o prazer de partilhar a "viagem ciclista" no barco com qualquer outro ciclista (barco do Montijo). E quanto a ciclistas na baixa da cidade... Nem vê-los. E quem anda na cidade de bicicleta sabe que ainda falta muito para que isso suceda. Nessa cidade ou em qualquer cidade. É perigoso circular de bicicleta (mesmo quem circula a pé não está muito seguro) porque toda a cidade, nos últimos trinta anos, foi desenhada a pensar no automóvel. E alguns automobilistas ficam fo***** quando um ciclista os ultrapassa, normalmente quando estão parados num engarrafamento, e tudo fazem para não nos deixarem passar. E basta um para provocar uma desgraça. E os que nos ultrapassam pela esquerda, e os que nos ultrapassam para virar logo à nossa frente à direita...
Um só exemplo: quem sobe a Avenida da Liberdade e pretende seguir para a Praça de Espanha tem grandes dificuldades na Praça do Marquês de Pombal, pois se quiser cumprir as regras tem de se sujeitar a ser atropelado para seguir correctamente na Avenida Fontes Pereira de Melo e depois virar à esquerda para a Avenida António Augusto de Aguiar. Fizeram os acessos para o tal túnel do Marquês e não se preocuparam com os ciclistas. (nem com as motos, mas esses são um pouco mais rápidos, safam-se um pouco melhor. Mas não muito.) E não me falem em ciclovias (que não há - e porque razão as bicicletas devem ser segregadas do resto do trânsito?) ou em caminhos alternativos para fazer esse trajecto: as vias de comunicação deviam ser pensadas tendo em conta todos os meios de transporte. Principalmente os de locomoção animal... Já o dizia o arquitecto Teles.
E os semáforos? Se respeitarem todos os semáforos existentes só na Avenida da Liberdade (alguns não há outro remédio), estão sempre a parar. A não ser que circulem a velocidades próximas do pelotão da Volta, coisa que me parece inadequada a quem se desloca "em serviço"...
Bom, era só um exemplo, e já dei dois. Tenho a certeza que quem pedala regularmente na cidade grande tem muitos mais exemplos para dar. É que estes exemplos desencorajam muitos potenciais ciclistas da estrada. E só os mais afoitos, corajosos ou loucos continuam a atrever-se a fazer tal coisa, que lesa de maneira considerável as companhias petrolíferas. (não me refiro aos eventuais obstáculos físicos, pois como deves ter percebido, para mim, tirando a subida de Alcântara para a Praça de Espanha, Lisboa é plana)
Tenho um conhecido que é contra a utilização de bicicletas na via pública porque estas não pagam imposto de circulação. Considera que não têm esse direito. Não é anedota, ele fala a sério.
E há outros que devem pensar como ele. Sei que há escolas, para os lados de Alverca e Póvoa, que não permitem o estacionamento das bicicletas dentro dos seus espaços. Já nem me refiro ao impedimento de circular pelos Campus. Isto foi-me comunicado por um camarada que mora em Alverca e cujo filho lá estuda. Seria bom que alguém (os pais de outros alunos, por exemplo) confirmassem isso e o denunciassem, caso fosse verdade. Afinal, onde está o sentido ecológico dessas escolas?
18 pessoas fazem o mesmo que eu, utilizam a ginga na cidade como outras utilizam o carro. Parece-me muito pouco. Mesmo somando os que não leram isto, ainda é insuficiente. Pelo menos eu não os vejo (é verdade que eles também não me devem ver...) De qualquer maneira, parabéns pela iniciativa, já estás a fazer mais pelas gingas que eu, que pelos vistos ando distraído. Não vi tal reportagem na TV, mas a culpa é minha, hoje em dia na TV já só vejo os programas tipo National Geographic, o resto só serve para ir amansando este povo à beira-mar espantado. E mesmo a National...
Um abraço e boas pedaladas.
Desculpa o comentário tão longo.
Paulo.

guerradossantos@gmail.com disse...

Caríssimos, obrigado pelo vosso apoio. Já enviei e-mails de agradecimento a tudo e todos. Espero tão ansioso como vós pela reportagem de amanhã. Tenho a certeza que a Carla Castelo e toda a equipa do Terra Alerta da SIC farão um excelente trabalho.
Maiores cumprimentos.

Frederico disse...

Caríssimo,

Parabéns portudo o que tens vndo a fazer, mas (lá vem o malfadado mas) não consegues falar com os gajos da Biclas e do Picoas para substituir essa 'porcaria' de parqeamento?

Esses parqueamentos dão cabo das rodas!
E fica muito mis difícil prender o quadro e ambas as rodas, pelo que é bem possível que comecem a aparecer rodas soltas ou binas sem uma das ditas rodas...

Frederico disse...

Para além de que há muitas pessoas que prefira não os utilizar e continuem a utilizar um qualquer poste!

guerradossantos@gmail.com disse...

Frederico, estás a esquecer-te de algumas coisas nesses teus "mas":
1ª) Aquele tipo de estacionamento (o da biclas) agarra no aro da jante da bicicleta sem tocar nos raios (esse sim, o verdadeiro problema no empeno de rodas)
2º) Aquele espaço é vigiado 24h por dia. Não faz qualquer sentido, neste caso em particular, falar de vandalismo. Ainda para mais, se estiveres na esplanada daquele espaço excepcional consegues ver a bike o tempo todo.
3ª) Assim sendo, basta amarrar uma roda ao estacionamento.
4º) Muitas bicicletas (como a minha) têm descanso, pelo que poderão nem sequer ter de ser encaixadas naqueles suportes.

Sugestões:
1º) Pensar primeiro a fundo nas questões, e falar depois. Não podemos ver um determinado assunto apenas numa perspectiva nem sequer limitarmo-nos a falar em termos gerais. É preciso aprofundar no conhecimento. SEMPRE.

2º) Falar primeiro com outras pessoas e pedir-lhes a opinião antes de emitir a nossa. Desta forma teremos certamente mais informação específica, não nos limitando a ficar apenas com a informação genérica e a repetir vezes sem conta aquilo que ouvimos.

Frederíco, os meus mais sinceros agradecimentos pela tua participação neste projecto. A tua opinião, bem como a de todos os outros utilizadores de bicicleta é fundamental para a promoção da utilização da bicicleta na cidade de Lisboa. Não pares de nos enviar esses teus "mas". ´Muitos deles, certamente, serão válidos e úteis.

Saudações.

Paulo Santos (940 km de bike em 2008, na cidade de Lx)

guerradossantos@gmail.com disse...

Caríssimos, por questões técnicas não foi possível à SIC apresentar ontem a reportagem sobre as bicicletas na cidade de Lisboa. Ficou prometido para hoje. Não percam.
Paulo Santos

Nuno disse...

Caro Paulo,
A reportagem não passou mas devido a critérios editoriais infelizmente...

Segundo tais critérios é considerado mais importante o sutiã japonês que serve de telemóvel ou carregador ou lá o que era (a última reportagem apresentada), o Benfica (até me surpreendo não terem passado o Benfica à frente da notícia do terramoto na China), que a reportagem Terra Alerta.

Enfim é por estas e por outras que continua toda a gente mais interessada neste tipo de temas do que na defesa do planeta e da qualidade de vida nas cidades...

Ah ainda me esquecia, os quase 20 minutos de anúncios a tudo e mais alguma coisa, alguns deles repetidos 3 vezes também não ajudaram... Por isso é que além de quase não andar de carro deixei também de vêr TV - também este meio provoca poluição, neste caso mental e perda de tempo....

delta disse...

O Nuno, é capaz de ter razão!

Não me parece que tenha havido ali qualquer problema técnico.

O tema dos novos carregadores de telemóveis, é uma notícia de reduzida validade e ten que ser dada "just in time".

O tema das bicicletas, o ter dado ontem, hoje ou no próximo ano, pouco altera infelizmente.

Outra coisa, é o respeito que o canal de televisão deverá ter para com os espectadores...

guerradossantos@gmail.com disse...

O importante é que a reportagem passe, e o apoio da SIC e do Terra Alerta se concretize mais vezes na promoção da utilização da bicicleta na cidade. Para além disso, isto pode significar que esta reportagem é mais longa do que o normal. O que é muito positivo.

Cumprimentos.

Paulo Santos

Rui Luis Pratas disse...

Boa Noite!
Caros amigos ciclistas, quero deixar aqui o testemunho que me faz continuar a pensar que falta muito pouco para começarmos a ver muitas bicicletas por ai (Lisboa) e tambem por outras cidades Portuguesas.
Quanto ao adiar as rubricas da SIC teremos de pensar no prisma positivo e constatar que em 4 canais a SIC detem 90% das entrevistas televisivas relacionadas com o tema.
Parabéns ao Paulo, Terra Alerta e a todos os presentes.
Quero também pedir aos presentes no Picoas Plaza para que continuem a implementar o incentivo pelo modo de vida CICLAR.
Deixo assim o meu mail caso necessitem de alguma ajuda:
geral@pedalnature.com
Força, gostei bastante.
Rui Luis Pratas

www.pedalnature.com

Batfrog disse...

Já experimentei ir de bicicleta para o trabalho, trajecto Odivelas-Picoas.
Demoro cerca de 30 minutos à ida, pois tenho que subir a C.Carriche. Quando volto a casa demoro entre 20 e 22 minutos.
É bastante agradável e vale sobretudo pelo exercício. O problema é que chego ao trabalho todo suado, o que é mau particularmente complicado quando não há um sítio onde tomar banho, trocar de roupa, etc.

guerradossantos@gmail.com disse...

Caro BatFrog, porque não faz como eu? Levo uma camisa lavada no alforge, e quando chego ao escritório, vou ao lavatório da casa de banho, passo uma água pelo tronco, um sabonete por baixo dos braços e depois de me secar com uma toalha que também transporto comigo, passo um desodorizante pelo corpo. Quem trabalha comigo diz que não nota que sou "ciclista" :)

Um grande abraço.

Paulo Santos

Filipe disse...

Já há algum tempo que não comento aqui no Blog, mas não é por isso que deixei de o seguir, sempre, com muita atenção.
E é com bastante satisfação que vejo , mais uma vez, o "problema" das bicicletas em Lx ser discutido, desta vez numa reportagem da SIC.
É bastante importante haver uma discussão, desta forma as pessoas começam a pensar nos assuntos e a ponderar os benefícios.
Acredito que as mentalidades estão a mudar, prova disso é o número crescente de bicicletas que se vêem por Lx, e acredito que não vai parar de subir.
Apesar de não morar em Lx, sou do concelho de Oeiras, ultimamente tenho utilizado a bicicleta para as minhas deslocações pela cidade e não só, utilizando os transportes publicos que permitem o seu transporte, hoje por exemplo fui para a Trafaria de bicicleta, futuramente estou a considerar levar a bicicleta para as minhas deslocações para o Feijó! Utilizando claro os transportes colectivos...

Mais uma vez todo o meu apoio para o projecto...

sempre a ciclar....

PS: Vi hoje a reportagem no Jornal da Noite, foi bastante interessante.

Jorge Ramos disse...

Caro Paulo,

Pois foi com muito entusiasmo que vi ontem uma reportagem televisiva do projecto de tese de mestrado. Muito interessante e concerteza com uma importante vertente para a mudança de mentalidades e pressão política em Portugal. Só por isto os meus parabéns por tão nobre iniciativa e os meus sinceros votos de grande sucesso.

Vivo em Olhão, que é uma cidade relativamente pequena e plana, mas que também sofre dos problemas de tráfego das grandes cidades: horas de ponta e inerentes congestionamentos, ruas estreitas, falta de estacionamentos e carros em cima dos passeios, etc. Aqui em Olhão, como se calhar noutros pontos do país acho que há um problema que considero cultural: algumas das pessoas com baixos rendimentos andam de bicicleta, eventualmente em transporte público urbano; todos os outros andam de carro, talvez por ser um meio de transporte que demonstra supostamente estatuto social. Para o segundo tipo de pessoas, a bicicleta é vista como “um brinquedo de fim de semana” e não como um meio de transporte. A questão não parece demover muita gente, nem mesmo com o aumento do preço dos combustíveis ou a constante sensibilização mediática acerca da poluição por gases de estufa. Os portugueses podem até estar já algo sensibilizados para a questão, mas não parecem ponderar seriamente o seu comportamento e mudar a mentalidade na utilização dos meios de transporte do dia-a-dia.
Já vivi no Reino Unido (enquanto estudante de mestrado e doutoramento) e constatei que a existência de ciclovias urbanas e outras infraestruturas para bicicletas é um estímulo para a utilização deste veículo, mesmo com chuva e frio. Por exemplo, existem imensas pessoas pendulares (commuters) que usam a combinação de vários transportes entre casa e o emprego em Londres. Vão de casa até à estação de comboios de bicla onde a deixam num estacionamento para o efeito, seguem no comboio e pegam numa segunda bicla na estação de chegada, depois seguem de bicla até ao local de emprego que tem ciclo-estacionamento. Os ganhos por investir nestas infraestruturas e sensibilizar as pessoas para a sua utilização são muitos: menos congestionamento no tráfego, a pontualidade britânica não é posta em causa muito pelo contrário, as zonas comerciais completamente libertas de automóveis e estacionamentos só para bicicletas, menos poluição, as pessoas adquirem mais robustez física, etc.

Quando vi a reportagem comentei com a minha esposa, que se em Lisboa que é uma capital europeia vive alheada dessa mentalidade, não é de admirar que não hajam acessibilidades para inserir bicicletas como um meio de transporte alternativo em praticamente lado nenhum em Portugal.

Mesmo aqui no Algarve, que é um destino tradicionalmente turístico, tirando talvez Vilamoura (Loulé), não há um plano concertado de ciclovias urbanas. Existe na www uma dita ciclovia que liga todo o Algarve. Mas se formos ao terreno, verificamos que para além de Tavira (que conheço) e Lagoa (que ainda desconheço), os ditos percursos da ciclovia ainda não existem.
Mesmo nos percursos existentes há um problema cultural. Isto é, em certos troços da ciclovia podemo-nos deparar com automóveis que não deviam lá circular tal como não vamos de bicicleta para a autoestrada, eixo norte-sul ou grande circular.

anabananasplit disse...

Paulo, relativamente à sua resposta ao comentário do Frederico e às sugestões que lhe fez: cuidado com o "faz o que eu digo, não faças o que eu faço"... ;-)

E a propósito, o tipo de estacionamento disponibilizado no dia da reportagem não presta, bem disse o Frederico. E qualquer ciclista experiente lhe saberá dizer porquê. Há muitas outras soluções no mercado (mesmo que não em PT) muito mais adequadas. Os ciclistas não devem contentar-se em serem tratados como cidadãos de segunda, regojizando-se com migalhas. O Picoas Plaza (e tantos outros locais) não é a mercearia da esquina, que pode não ter recursos financeiros para mais, é um centro comercial sofisticado, se não investe em infrastruturas decentes não é por falta de dinheiro, é por falta de visão, antes de tudo, e por falta de valorização dos clientes que optam por se deslocar de bicicleta e, simultaneamente, desse comportamento. Numa época de politicamente correcto em que a bicicleta já ganhou o seu lugar no marketing empresarial e institucional, há que reivindicar que os relatórios de sustentabilidade social e ambiental não sejam só blá blá blá e que as empresas "walk the talk"... Geralmente os poucos locais comerciais que vão disponibilizando zonas de estacionamento para bicicletas falham redondamente por 2 razões (interligadas):

a) desvalorização do próprio público que se propõem servir, e

b) atribuição da responsabilidade da escolha do local e da infrastrutura a uma pessoa que, basicamente, não anda de bicicleta no dia-a-dia e não sabe o que faz (algo como pôr alguém que não sabe conduzir e nunca sequer andou de carro ou estudou outros a andarem a desenhar um parque de estacionamento automóvel)... Lá está a desvalorização, "qualquer coisa serve", a mais barata, a mais à mão, e põe-se ali a um canto e já está.

E depois as pessoas que já iam de bicicleta continuam a estacioná-la onde o faziam antes, e não se ganham novos utilizadores. E entretanto eles já podem responder que "já há um estacionamento para bicicletas", independentemente deste ser desadequado. E gastou-se dinheiro e matéria-prima para acrescentar mais uma inutilidade em vez de se investir em algo válido.

guerradossantos@gmail.com disse...

Olá Ana, mais uma vez obrigado pelo teu testemunho caloroso. A experiência que tenho a trabalhar em países como a Holanda, Finlândia ou Alemanha, levaram-me a perceber algumas das razões porque estes países são ricos e nós não. É que eles não gastam dinheiro desnecessariamente. A sério !!!. De acordo até com os nossos "padrões", eles são mesmo uns agarrados ao dinheiro. Por isso têm mais e melhor que nós. É comum inclusivé, em portugal, quem não tem nada, queixar-se de querer tudo, e logo do bom e do melhor. Posso garantir-te que este tipo de estacionamento é mais que suficiente para estimular os utilizadores de bicicleta a frequentarem aquele espaço excepcional na cidade. Aliás, o importante nem é o estacionamento, mas a autorização para estacionarmos as bikes no interior do átrio. Fazes a mínima ideia de quanto custa um estacionamento desses que dizes nem existir em Portugal? E porquê comprar algo 10x mais caro, podendo, para começar, comprar algo que cumpre plenamente a sua função por uma fracção do dinheiro?

Para começar, está muito, mas mesmo muito bom. Se tiver sucesso, aí poderá pensar-se noutra solução mais dispendiosa. É assim que se cresce ... com pequenos passos. E um de cada vez.

Um grande abraço Ana.

Paulo santos

anabananasplit disse...

Paulo, a razão pela qual "a Holanda, Finlândia ou Alemanha são ricas e nós não" talvez tenha a ver com o facto de nós gostarmos de atirar dinheiro à rua mesmo quando temos os recursos para aprender com os erros dos outros e saltar assim uns quantos nossos...

Se eu sei que há uma solução melhor para um problema e se posso passar directamente de não ter resposta nenhuma a esse problema para ter uma solução eficaz para o mesmo, porque raio haverei de desperdiçar o meu (e o dos outros) tempo e dinheiro em algo que eu sei à partida que não serve?... Para quê gastar hoje 150 € em algo que não presta e que daqui a 1 ano precisarei de substituir por algo que funcione efectivamente, por 1500 €? Em vez de gastar 1650 € e mais uns trocos na substituição, e estar a oferecer durante esse ano um serviço medíocre, não será muito mais inteligente gastar apenas 1500 € e oferecer logo um bom serviço desde o início? Porquê insistir em cometer erros desnecessários se podemos passar à frente?

Volto a reiterar, aquele tipo de estacionamento é MEDÍOCRE, não permite prender a bicicleta como é necessário, propicia o empenamento das rodas, não serve para bicicletas com travões de disco nem com pneus mais largos (como a do rapaz da cruiser no dia da reportagem...).

A Holanda, Finlândia e Alemanha são países completamente diferentes de Portugal no que concerne à cultura das bicicletas, à bicicleta na cultura, e à mentalidade em termos de urbanismo e planeamento para a mobilidade e acessibilidade (para além de características diferentes de orografia). As bicicletas usadas aqui e lá são diferentes, tal como a relação das pessoas com as mesmas.

Eu sei quanto custam diversos tipos de estacionamentos de bicicletas. Gostava é de saber quanto custa um único lugar de estacionamento para automóveis em qualquer centro comercial da capital (construir e manter, e qual o custo de oportunidade do mesmo em zonas de elevada pressão urbanística)... Quantos bons estacionamentos de bicicletas pagaria um desses lugares para automóveis?...

Volto a dizer, falta de visão, falta de valorização dos ciclistas... A primeira é problema deles, a segunda ofende-me. Se levar o carro sou uma "consumidora", se levar a bicicleta sou uma "pedinte", quiçá?...

guerradossantos@gmail.com disse...

Ana, mais uma vez obrigado pela sua visão. Já agora, o que é que conhece dos Holandeses, dos Alemães e dos Finlandeses? Eu, conheço-os muito bem pois já trabalhei com eles, na terra deles. Eu, sei do que estou a falar. E Ana, sabe?

Cumprimentos.

Paulo Santos

anabananasplit disse...

Ó Paulo, mas o que é que interessa o que eu sei dos alemães, dos finlandeses e dos holandeses? Vamos agora basear a discussão nisso ("ah a minha opinião é mais válida que a tua porque eu estive 5 dias e meio no país X e tu só estiveste 3 dias e 7 horas") em vez de usar argumentos objectivos?...

Nega os factos que eu enumerei para basear a minha classificação de "MEDÍOCRE" daquele tipo de suportes?

[Não permite prender a bicicleta como é necessário, propicia o empenamento das rodas, não serve para bicicletas com travões de disco nem com pneus mais largos (como a do rapaz da cruiser no dia da reportagem...).]

As pessoas que se deslocam ao centros comerciais de automóvel e de mota têm disponíveis infra-estruturas e serviços de estacionamento, muitos deles a título gratuito, a maior parte em zonas cobertas e a 2 passos das lojas. Por que raio não poderão as administrações desses centros comerciais servir igualmente os ciclistas, atendendo da melhor forma às necessidades específicas destes utentes?

Que fossem usadas aquelas estruturas naquele dia e para aquele propósito, aceito perfeitamente: são fáceis de transportar e a instalação consiste apenas em pousá-los no chão. Ok. Mas a jornalista não referiu o carácter excepcional e temporário daquela estrutura ali e da permissão de levar bicicletas para aquela praça interior, nem contextualizou a opção por aquela estrutura nas circunstâncias em causa. Quem visse a reportagem sem saber mais nada fica a pensar que o Picoas Plaza aceitou a instalação daqueles suportes após pedido do Paulo e que estes passarão a estar lá daqui em diante, e que foram a primeira opção em termos de tipo de estrutura. Nesse ponto específico não me pareceu bom jornalismo, independentemente da qualidade (reconhecida) da jornalista.

Relatos de quem já pedala pela cidade de Lisboa .............

São cada vez mais aqueles que usam a bicicleta como meio de transporte em Lisboa ( 29 testemunhos) ....................................... ver mais »

Engenharia Civil - Vias de Comunicação e Transportes

Intermodalidade de Transportes na cidade de Lisboa
Quanto lhe custa TER e USAR o seu automóvel ?
Os "100 dias" nos media

FAQs, Links, e informações de interesse para o ciclista ..........................

O código da estrada e os velocípedes ....................................
Rede de zonas cicláveis em Lisboa .....................................
Estacionamento para bicicletas, na cidade de Lisboa .............. brevemente
Rede de lojas e oficinas de bicicletas em Lisboa ............ brevemente
Transporte de bicicletas no metropolitano de Lisboa ...............
Transporte de bicicletas nos comboios da CP .....................
Transporte de bicicletas nos comboios da Fertagus ................
Transporte de bicicletas nos barcos da Transtejo e Soflusa ............
Custos comparativos com o uso do automóvel ............................ brevemente
Revistas da especialidade ......................................................... brevemente
Associações e grupos de entusiastas ........................................ brevemente
Eventos ................................................................................... brevemente

C.V. resumido


Currículo Vitae
Paulo Manuel Guerra dos Santos, Eng.º Civil.
Contacto: guerradossantos@gmail.com

Dados Pessoais
Nascido em 1973

Experiência Profissional
1995 a 2007 – Colaborador em diversas empresas de Projecto de Estradas e Consultoria (Proplano, Triede, Tecnofisil, Consulógica), onde desenvolveu competências na área do desenho e projecto de estradas, em particular com recurso às aplicações informáticas: AutoCAD, SMIGS e CIVIL 3D.

Experiência Pedagógica
1994 a 2007 – Mais de 6000h de formação ministradas em diversas escolas, centros de formação e empresas do continente e ilhas, nas áreas de Robótica Industrial, CAD, Topografia e Projecto de Estradas Assistidos por Computador.

Estágios Profissionais e Projectos Internacionais
2007 – Participação em projecto académico europeu na área da engenharia hidráulica, na Alemanha.
2007 – Estágio na Finnish Road Administration (Instituto de Estradas Finlandês), na cidade de Turku, na Finlândia.
2006 – Participação em projecto académico europeu na área da engenharia hidráulica, na Holanda.
1993/ 94 – Estágios na área da Robótica Industrial, em empresa tecnológica do sector metalomecânico, em Portugal.

Formação Académica
2007 – A preparar a tese de mestrado sob o tema “100 dias a ciclar na cidade de Lisboa”, com início previsto para 01 de Janeiro de 2008.
2007 – Conclusão da Licenciatura bi-etápica em Engenharia Civil, Ramo de Vias de Comunicação Rodoviárias, ISEL, com média de 15 valores.
1999 – Conclusão do Bacharelato em Engenharia Civil, ISEL, com média de 14 valores.

Formação Profissional em Novas Tecnologias de Informação
1995 a 2006 – Diversas acções de formação profissional nas áreas de Robótica Industrial, CAD, SIG, Topografia, Engenharia de Estradas, Design Gráfico e Criação de páginas de Internet.
1992 a 1994 – Curso de Robótica Industrial, CENFIM, com 3000h.

Formação Pedagógica
1994 a 2003 – Diversas acções de Formação Pedagógica de Formadores e Meios Audiovisuais.

Certificações Pedagógicas
Desde 2000 – Certificado pela AutoDESK, como formador autorizado em tecnologias de desenho e projecto assistidos por computador.
Desde 1998 – Certificado pelo IEFP como Formador, com CAP.

Resumo da situação actual
Actualmente exerce actividade em regime de freelancer como Técnico Especialista e Formador nas áreas de:

- Desenho Técnico Assistido por Computador (AutoCAD), para Arquitectura, Engenharia e Construção, a 2D, 3D e 4D.
- Modelação Digital de Terrenos, para Topografia (CIVIL 3D).
- Cálculo de Vias de Comunicação Rodoviárias Assistido por Computador (CIVIL 3D).

Outras informações
Disponibilidade total. Flexibilidade de horários. Habituado a viajar pelo país e pelo estrangeiro.
Muito bom nível de inglês falado e escrito. Excelentes capacidades de comunicação.
Não fumador. Dador de sangue. Praticante de desportos de combate.