DE SANTOS ÀS AMOREIRAS, CIDADE UNIVERSITÁRIA, CAMPO GRANDE
Nada que nunca tivesse feito.
17 Km na quinta-feira. De casa para as Amoreiras, de manhã. Almoço na Cidade Universitária e formação na parte da tarde no Campo Grande. Que bom que é demorar 6 minutos depois do almoço para chegar ao local de trabalho. Ao final do dia, regresso a casa, pela lateral da Av. da República, saturada de trânsito. Sem grandes perigos, sem agressividade por parte dos condutores, ou dos peões, pois em alguns troços é mais rápido andar pelo passeio. Isto, respeitando sempre quem por eles anda a pé, pois aqui, os peões têm prioridade.
(Passagem pelo Parque Eduardo VII, "between jobs")
16 Km na sexta-feira. Saída de casa às 11:00h para ir até à cantina na Cidade Universitária, e depois novamente até ao Campo Grande, para dar formação. Ao final do dia, jantar na cantina e regresso já de noite para experimentar pela primeira vez este tipo de condução. Confesso que não fiquei habituado a conduzir a bike de noite. Razões: a luz artificial dos candeeiros não é suficiente para me aperceber das irregularidades do pavimento, as luzes dos veículos que vêm por trás atrapalham-me a visibilidade, e claro, sei que de noite sou muito menos visto pelos condutores. Por isso, todos os cuidados são poucos e, quando necessário, conduzir fora das vias de circulação automóvel é a melhor solução em termos de segurança. Mais vale prevenir ... e sem dúvida que o seguro há-de morrer de velho.
Alguma informação técnica sobre Lisboa:
Área da cidade (concelho): 84.08 km2
Altitude máxima: 228m (Monsanto)
Altitude média: 76.7m
Altitude mínima: Nível do mar
Mapa dos declives da cidade
Neste mapa de declives podemos perceber que dos 84 km2 da cidade, 36.7% (30.86 km2) tem inclinações inferiores a 5% (facilmente ciclável) e 30.7% tem inclinações entre 5 e 10% (ciclável). Ou seja, 67.4% da cidade é ciclável em termos de esforço físico dispendido. E isto inclui Monsanto. Se o retirássemos esta área deste estudo de declives, estas percentagens mudariam a favor do ciclista.
Mais informação técnica nos próximos dias.
Um grande abraço, e boas pedaladas.
5 comentários:
Paulo,
eu não sou minimamente conhecedor desta área e por isso não quero tomar partido, mas noto aqui uma grande discrepância entre esses números das áreas com declive abaixo de 5%, e os números que tirei de um CD do departamento de urbanismo da CML dizem que é 69%.
(Noto agora que exactamente os mesmos dados estão disponíveis aqui.
É que, permite-me discordar, entre os 5% e os 10% eu não diria que é facilmente ciclável.. Não é que eu não faça! Mas já não é acessível à maioria da população.
Miguel, vou dar uma vista de olhos. Obrigado.
"É que, permite-me discordar, entre os 5% e os 10% eu não diria que é facilmente ciclável.. Não é que eu não faça! Mas já não é acessível à maioria da população."
Estou de acordo.
Como esta é a questão principal - a de inclinação dos principais eixos - não dispõe das declives em concreo da Av. da liberdade, Fontes Pereira de Melo, Infante santo, Restelo, Av. Gandhi(por Algés), Afonso III (por Santa Apolónia) Estados Unidos (por Chelas) Av. de berlim, etc. Ou seja, as radiais que ligam a beira rio à zona alta da cidade. "A olho", estas são as principais vias
que me levantam dificuldades e que, orograficamente, demarcam dois "mundos" dentro da cidade. E que inibem alguns utilizadores ?
Abraço e continuação de bom trabalho.
Ok. Para já passei os 10% de facilmente ciclável para ciclável. Em breve vou fazer o levantamento das inclinações de algumas avenidas, bem como medir o esforço dispendido a pedalar nas mesmas (entenda-se: medição da batida cardíaca). Depois, voltarei à carga :) Obrigado pelos vossos testemunhos (e críticas).
amigo Paulo, não quero ser inconveniente por excessivo, mas:
1. o "escalão único" de 5% a 10 % é que arranja os grandes problemas conceptuais. A 6%, a "coisa" ainda se faz, mas a 10 %, que é a inclinação mais agreste das rampas de Monsanto, por exemplo, já é muito complicado para quem não faz ciclismo e só costuma andar de bicicleta. ( a subida do palácio do marquês de Fronteira com início em S. Domingos de Benfica terá cerca de 10 % de pendente; e aquilo é uma "parede"...)
2. Ou seja, acima dos 5 %, "cada por cento" deveria ser "um escalão" diferenciado, porque "cada porcento" a subir faz toda a diferença. (desculpe o empirismo do argumento, mas para dizer estas coisas com rigor científico está cá você)
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