DE SANTOS À FEIRA DA LADRA
Este sábado deu-me a moleza de manhã e acabei por não ir ao treino de futebol. Mas depois do almoço recebi um convite inédito: ir tomar um café para os lados da Feira da Ladra. Depois de me informar com amigos sobre a melhor forma de lá chegar, lá segui de Santos, Terreiro do Paço, Campo das Cebolas, Santa Apolónia (sempre pelas ruas interiores) e ... com a bike à mão, lá subi a Calçada do Cesteiros. É que ainda são uns bons 20% de inclinação :) Que bom foi reviver velhos tempos em que ía lá, não para comprar, mas para vender objectos usados e ganhar uns trocos. Já foi há uns bons 17 ou 18 anos. Percorri toda a feira com a bike na mão e não me faltaram propostas para a vender :) Ali compra-se e vende-se de tudo. Uma tarde bem passada.
Lá pelas 16:00h voltei para casa, passando pela Baixa e pela loja da Biclas. 9 km de percurso.
(Uma bike amarrada junto a um carro da polícia, na Feira da Ladra)
Hoje, domingo, resolvi armar-me em turista e fui almoçar à Baixa. Dei uma voltinha à procura de uma tasquinha com preços acessíveis (à boa maneira Portuguesa) e lá descobri uma em plena Rua Augusta, com doses a 4€ no interior, e 7€ na esplanada. Mas nada com um bom regateio para conseguir o preço de balcão, sentadinho na esplanada, no meio de dezenas de turistas e viradinho para o sol :) 2000 metros é a distância que separa a minha casa do Rossio, pelo que os percorri sem dificuldade com um livro debaixo do braço. O mesmo que li na esplanada até, por casualidade, passar por mim o Manuel Quental, meu ex-aluno do curso de AutoCAD na Ilha de São Miguel, Açores, e que por cá andava a passear. Uma boa e inesperada hora de conversa que partilhei com ele. Mais um encontro proporcionado, em parte, pela utilização da bicicleta como meio de deslocação diária. Mesmo ao fim-de-semana.
Um abraço a todos e obrigado pelos vossos testemunhos pessoais.
5 comentários:
O melhor caminho para a Feira da Ladra não é esse ;)
Já lhe consigo paresentar 3 alternativas cicláveis para lá :)
Boa continuação
BlackBelly
Fico a aguardar pelas suas sugestões, Blackbelly :)
Indo pela Almirante Reis, Av Morais Soares, virar no Largo Paiva Couçeiro para a Genereal Roçadas e continuando sempre em frente até ao Largo da Graça e consequentemente a feira da Ladra.
Parece-me sem dúvida o melhor caminho e aprendi-o num dos passeios da Massa Critica, tendo vindo a repetir depois sozinho...
Passeio agradável e como chegar ao topo de Lisboa sem grande esforço.
Caro Paulo, Foi um gosto cumprimentá-lo em andamento.
Vinha do treino da patinagem dos meus filhos. Mas como viu o carrito é dos económicos. O grande está em casa sem sair há mais de um mês. Hoje já não teria comprado este. Mas eu fiz uma aprendizagem progressiva, de tipo empírico, experimentando alternativas e optando pelas mais viáveis.
E já cheguei a uma conclusão: quem quiser irradicar em absoluto o automóvel do transito citadino não sabe do que está a falar. A solução é a coexistência. Para já. Com o decorrer das experi~encias logo se verá o que é mais praticável. Agora, soluções de pacotilha...
Abraço e continuação de boas pedaladas.
Caro Carneiro,
A solução passa sem dúvida pela co-existência. O problema é quando a existência de um modo de transporte motorizado, poluente e volumoso, segrega e ameaça a existência de outro de tracção humana, ecológico, e fácil de eatacionar/arrumar...
A bicicleta como meio de deslocação urbana não é uma panaceia e remédio para todas as deslocações, mas não é de todo, impossível, ou "só para alguns", como alguns o querem fazer crer...
Para uma grande parte das deslocações é acessível a qualquer pessoa minimamente saudável.
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