O projecto dos "100 dias"

01.01.'08 - Apresentação e arranque do projecto ............ SIC
12.05.'08 - Primeiras conclusões aos 80 dias ................... SIC 02.07.'08 - Transportes amigos do ambiente .................. RTP2
18.09.'08 - Conclusões finais aos 130 dias ....................... TVI 22.09.'08 - Dia Europeu da Mobilidade 22.09.2008 ........ RTP1
02.11.'08 - Caia Quem Caia e as bicicletas ....................... TVI 30.12.'08 - Fim do Projecto dos "100 dias" ...................... RCP
01.01.'09 - Fim do projecto dos "100 dias" ...................... SIC 06.01.'09 - 100 dias na Prova Oral .......................... Antena 3


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5 Carmona Rodrigues


Tese de mestrado "Contribuição do modo BICI na gestão da mobilidade urbana" - Descarregar PDF »»

Dia 063 - 14/04/2008

SANTOS » CID. UNIVERSITÁRIA » RÊGO » PICOAS » SANTOS

De volta às pedaladas a sério pela cidade de Lisboa, cumpri hoje mais 16.5 km de bicicleta.
A facilidade em pedalar pelo planalto da cidade é cada vez mais notória. Só custa mesmo lá chegar. Mas custa, não em grande esforço físico, mas apenas em suor. Continua a ser a única desvantagem na utilização diária deste modo suave de transporte na cidade de Lisboa, mas que se resolve com um muda de roupa, e uma águita pela zona das axilas :).

Já tenho uma lista de algumas cidade Europeias, semelhantes a Lisboa no que respeita à orografia. Cidades com colinas, com desníveis a vencer pelos ciclistas, mas onde as pessoas tiveram uma mãozinha da câmara municipal, que lhes criou algo que lhes permite vencer essas diferenças de cotas com a sua bicicleta. Levar as pessoas e respectivas bicicletas para um ponto alto e daí, é sempre plano ou a descer ...

Já agora, em Barcelona é possível utilizar a bicicleta no metropolitano em 3 ou 4 períodos ao longo do dia útil. Por cá, só a partir das 20:30h. Quem sabe se os responsáveis do Metropolitano de Lisboa não estariam disponíveis para fazerem alguns testes, com bicicletas, noutros horários? A ver se os contacto nesse sentido.

Hoje fui tomar um cafezinho com outros 2 utilizadores diários de bicicleta. Abancámos na esplanada do Maracanã, no Saldanha, às 18:30h, a trocar impressões sobre as bicicletas e sobre projectos para o futuro. Falámos bem de tudo acerca das bikes e da cidade, e nem por um minuto se notou no nosso discurso um réstia de arrependimento por termos assumido este "modo de vida". E até se falou no exemplo que damos aos outros, de como os influenciamos e incentivamos a fazer o mesmo. E de como se vêm cada vez mais bikes pela cidade.


Já agora, saliento aqui mais uma atitude de total ignorância e falta de respeito pelo ambiente, pela cidade e pelos modos suaves de transporte e desconhecimento da quantidade de gente que se está a afectar. Aqui fica a nova coqueluche do Parque das Nações. Passados 10 anos de ter sido inaugurado, aquele passadiço ribeirinho foi proibido aos utilizadores de bicicleta. Porquê, é a pergunta que fica.

(Sinal de proibição a bicicletas)

Felizmente, como foi verificado, este sinal não tem nas suas traseiras o registo camarário (e espero que não venha a ter), pelo que não tem qualquer valor legal. Por isso ... :)

Boas pedaladas a todos os que têm o privilégio de o querer e poder fazer.

Paulo Santos

7 comentários:

anabananasplit disse...

Isso da falta de registo camarário não poderá ser derivado do facto de o Parque das Nações ser administrado pela Parque Expo e não pela CML? Não conheço a legislação, nem como se aplicará neste caso específico, mas há que salvaguardar a hipótese de a falta de registo não invalidar uma multa...

Esse passadiço está em mau estado e, em dias de muita afluência à zona (fins-de-semana, principalmente) há muita gente a circular a pé, e muitos ciclistas também, o que gera conflitos num espaço tão limitado, pelo que compreendo perfeitamente a proibição. Continuam a haver alternativas, mesmo que não sejam tão interessantes em termos "cénicos".

guerradossantos@gmail.com disse...

Ana, penso que a alternativa a simplesmente fechar o passadiço às bicicletas é fazer uma boa manutenção do mesmo, substituindo as tábuas em mau estado e anulando aquelas juntas enormes, onde cabem as rodas de algumas bicicletas. Penso que peões, carrinhos de bebé, cadeiras de rodas, bicicletas, etc, podem perfeitamente conviver em harmonia.
Chama-se a isso viver em sociedade.
Além disso, só 10 anos depois se lembram de fechar o passadiço a bicicletas? E numa altura em que a filosofia é cada vez mais estimular o uso da mesma. Não me parece correcto limitar a liberdade dos peões com rodas :)Abraço.
Paulo Santos.

carneiro disse...

Concordo com a Ana.
As condições do pavimento, a quantidade de peões, a incivilidade destes, os abusos de alguns ciclistas que passam ali "a abrir", tudo junto, acabava por ser perigoso.

Ficam prejudicadas pessoas como o Paulo, que se sabem portar condignamente em cima de uma bicicleta. Mas essa não é, infelizmente, a regra...

Cda vez que peões e ciclistas são deixados em auto-gestão do espaço, as coisas não correm muito bem. Fica tudo anárquico, os peões ocupam todo o espaço, os ciclistas serpenteiam, as crianças atravessam-se, etc. É a minha experiencia. Curiosamente, o automóvel acaba por regularizar os fluxos. Como tem que cumprir um mínimo de regras, estabelece o padrão a partir do qual os restantes utentes de harmonizam.

Abraço aos dois.

Just 4 Fun disse...

Confesso que o nascimento destes sinais como cogumelos me causa algum desconforto.
Numa perspectiva puramente egocêntrica, este não me causa nenhum transtorno. Há muito tempo que deixei de passar nesse local devido ao mau estado de conservação e à existência de autênticas ratoeiras para rodas de bicicletas. Além disso, evito passar em zonas de grande concentração pedonal desregulada, onde cada peão é uma ameaça para o ciclista (e para si próprio se ocorrer algum acidente).
Compreendo, no entanto, a revolta de quem pretende usar a estrutura de uma forma civilizada e respeitadora dos outros utentes da via pública.
Estou na expectativa para ver quando será colocado um sinal igual na ciclovia do Guincho, de onde os peões também já me expulsaram há algum tempo.

Cumprimentos
Paulo Leitão

guerradossantos@gmail.com disse...

A vossa opinião vai de encontro ao que eu já previa: numa fase inicial em Lisboa, terá de existir mesmo a segregação de vias para peões e ciclistas. A convivênvia ainda não é de todo pacífica. Mas aos poucos a cultura e a mentalidade vão-se adaptando às novas necessidades urbanas.
Um abraço a todos.

Paulo Santos

Pedro disse...

Olá
Já tinha reparado nesse sinal e a forma como todos o ignoram, incluindo eu.
Só vejo um motivo para a colocação desse sinal, é que com tempo de chuva as tábuas fiquem praticamente sem aderência.
Eu já caí num sítio parecido, ao curvar.
Abraço

Frederico disse...

Esses sinais têm a grande vantagem de nos lembrar que a bicicleta é um veículo e o seu lugar natural é na estrada junto com os outros veículos e não junto com os pedestres.

Relatos de quem já pedala pela cidade de Lisboa .............

São cada vez mais aqueles que usam a bicicleta como meio de transporte em Lisboa ( 29 testemunhos) ....................................... ver mais »

Engenharia Civil - Vias de Comunicação e Transportes

Intermodalidade de Transportes na cidade de Lisboa
Quanto lhe custa TER e USAR o seu automóvel ?
Os "100 dias" nos media

FAQs, Links, e informações de interesse para o ciclista ..........................

O código da estrada e os velocípedes ....................................
Rede de zonas cicláveis em Lisboa .....................................
Estacionamento para bicicletas, na cidade de Lisboa .............. brevemente
Rede de lojas e oficinas de bicicletas em Lisboa ............ brevemente
Transporte de bicicletas no metropolitano de Lisboa ...............
Transporte de bicicletas nos comboios da CP .....................
Transporte de bicicletas nos comboios da Fertagus ................
Transporte de bicicletas nos barcos da Transtejo e Soflusa ............
Custos comparativos com o uso do automóvel ............................ brevemente
Revistas da especialidade ......................................................... brevemente
Associações e grupos de entusiastas ........................................ brevemente
Eventos ................................................................................... brevemente

C.V. resumido


Currículo Vitae
Paulo Manuel Guerra dos Santos, Eng.º Civil.
Contacto: guerradossantos@gmail.com

Dados Pessoais
Nascido em 1973

Experiência Profissional
1995 a 2007 – Colaborador em diversas empresas de Projecto de Estradas e Consultoria (Proplano, Triede, Tecnofisil, Consulógica), onde desenvolveu competências na área do desenho e projecto de estradas, em particular com recurso às aplicações informáticas: AutoCAD, SMIGS e CIVIL 3D.

Experiência Pedagógica
1994 a 2007 – Mais de 6000h de formação ministradas em diversas escolas, centros de formação e empresas do continente e ilhas, nas áreas de Robótica Industrial, CAD, Topografia e Projecto de Estradas Assistidos por Computador.

Estágios Profissionais e Projectos Internacionais
2007 – Participação em projecto académico europeu na área da engenharia hidráulica, na Alemanha.
2007 – Estágio na Finnish Road Administration (Instituto de Estradas Finlandês), na cidade de Turku, na Finlândia.
2006 – Participação em projecto académico europeu na área da engenharia hidráulica, na Holanda.
1993/ 94 – Estágios na área da Robótica Industrial, em empresa tecnológica do sector metalomecânico, em Portugal.

Formação Académica
2007 – A preparar a tese de mestrado sob o tema “100 dias a ciclar na cidade de Lisboa”, com início previsto para 01 de Janeiro de 2008.
2007 – Conclusão da Licenciatura bi-etápica em Engenharia Civil, Ramo de Vias de Comunicação Rodoviárias, ISEL, com média de 15 valores.
1999 – Conclusão do Bacharelato em Engenharia Civil, ISEL, com média de 14 valores.

Formação Profissional em Novas Tecnologias de Informação
1995 a 2006 – Diversas acções de formação profissional nas áreas de Robótica Industrial, CAD, SIG, Topografia, Engenharia de Estradas, Design Gráfico e Criação de páginas de Internet.
1992 a 1994 – Curso de Robótica Industrial, CENFIM, com 3000h.

Formação Pedagógica
1994 a 2003 – Diversas acções de Formação Pedagógica de Formadores e Meios Audiovisuais.

Certificações Pedagógicas
Desde 2000 – Certificado pela AutoDESK, como formador autorizado em tecnologias de desenho e projecto assistidos por computador.
Desde 1998 – Certificado pelo IEFP como Formador, com CAP.

Resumo da situação actual
Actualmente exerce actividade em regime de freelancer como Técnico Especialista e Formador nas áreas de:

- Desenho Técnico Assistido por Computador (AutoCAD), para Arquitectura, Engenharia e Construção, a 2D, 3D e 4D.
- Modelação Digital de Terrenos, para Topografia (CIVIL 3D).
- Cálculo de Vias de Comunicação Rodoviárias Assistido por Computador (CIVIL 3D).

Outras informações
Disponibilidade total. Flexibilidade de horários. Habituado a viajar pelo país e pelo estrangeiro.
Muito bom nível de inglês falado e escrito. Excelentes capacidades de comunicação.
Não fumador. Dador de sangue. Praticante de desportos de combate.