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De volta às pedaladas a sério pela cidade de Lisboa, cumpri hoje mais 16.5 km de bicicleta.
A facilidade em pedalar pelo planalto da cidade é cada vez mais notória. Só custa mesmo lá chegar. Mas custa, não em grande esforço físico, mas apenas em suor. Continua a ser a única desvantagem na utilização diária deste modo suave de transporte na cidade de Lisboa, mas que se resolve com um muda de roupa, e uma águita pela zona das axilas :).
Já tenho uma lista de algumas cidade Europeias, semelhantes a Lisboa no que respeita à orografia. Cidades com colinas, com desníveis a vencer pelos ciclistas, mas onde as pessoas tiveram uma mãozinha da câmara municipal, que lhes criou algo que lhes permite vencer essas diferenças de cotas com a sua bicicleta. Levar as pessoas e respectivas bicicletas para um ponto alto e daí, é sempre plano ou a descer ...
Já agora, em Barcelona é possível utilizar a bicicleta no metropolitano em 3 ou 4 períodos ao longo do dia útil. Por cá, só a partir das 20:30h. Quem sabe se os responsáveis do Metropolitano de Lisboa não estariam disponíveis para fazerem alguns testes, com bicicletas, noutros horários? A ver se os contacto nesse sentido.
Hoje fui tomar um cafezinho com outros 2 utilizadores diários de bicicleta. Abancámos na esplanada do Maracanã, no Saldanha, às 18:30h, a trocar impressões sobre as bicicletas e sobre projectos para o futuro. Falámos bem de tudo acerca das bikes e da cidade, e nem por um minuto se notou no nosso discurso um réstia de arrependimento por termos assumido este "modo de vida". E até se falou no exemplo que damos aos outros, de como os influenciamos e incentivamos a fazer o mesmo. E de como se vêm cada vez mais bikes pela cidade.
Felizmente, como foi verificado, este sinal não tem nas suas traseiras o registo camarário (e espero que não venha a ter), pelo que não tem qualquer valor legal. Por isso ... :)
Boas pedaladas a todos os que têm o privilégio de o querer e poder fazer.
Paulo Santos
7 comentários:
Isso da falta de registo camarário não poderá ser derivado do facto de o Parque das Nações ser administrado pela Parque Expo e não pela CML? Não conheço a legislação, nem como se aplicará neste caso específico, mas há que salvaguardar a hipótese de a falta de registo não invalidar uma multa...
Esse passadiço está em mau estado e, em dias de muita afluência à zona (fins-de-semana, principalmente) há muita gente a circular a pé, e muitos ciclistas também, o que gera conflitos num espaço tão limitado, pelo que compreendo perfeitamente a proibição. Continuam a haver alternativas, mesmo que não sejam tão interessantes em termos "cénicos".
Ana, penso que a alternativa a simplesmente fechar o passadiço às bicicletas é fazer uma boa manutenção do mesmo, substituindo as tábuas em mau estado e anulando aquelas juntas enormes, onde cabem as rodas de algumas bicicletas. Penso que peões, carrinhos de bebé, cadeiras de rodas, bicicletas, etc, podem perfeitamente conviver em harmonia.
Chama-se a isso viver em sociedade.
Além disso, só 10 anos depois se lembram de fechar o passadiço a bicicletas? E numa altura em que a filosofia é cada vez mais estimular o uso da mesma. Não me parece correcto limitar a liberdade dos peões com rodas :)Abraço.
Paulo Santos.
Concordo com a Ana.
As condições do pavimento, a quantidade de peões, a incivilidade destes, os abusos de alguns ciclistas que passam ali "a abrir", tudo junto, acabava por ser perigoso.
Ficam prejudicadas pessoas como o Paulo, que se sabem portar condignamente em cima de uma bicicleta. Mas essa não é, infelizmente, a regra...
Cda vez que peões e ciclistas são deixados em auto-gestão do espaço, as coisas não correm muito bem. Fica tudo anárquico, os peões ocupam todo o espaço, os ciclistas serpenteiam, as crianças atravessam-se, etc. É a minha experiencia. Curiosamente, o automóvel acaba por regularizar os fluxos. Como tem que cumprir um mínimo de regras, estabelece o padrão a partir do qual os restantes utentes de harmonizam.
Abraço aos dois.
Confesso que o nascimento destes sinais como cogumelos me causa algum desconforto.
Numa perspectiva puramente egocêntrica, este não me causa nenhum transtorno. Há muito tempo que deixei de passar nesse local devido ao mau estado de conservação e à existência de autênticas ratoeiras para rodas de bicicletas. Além disso, evito passar em zonas de grande concentração pedonal desregulada, onde cada peão é uma ameaça para o ciclista (e para si próprio se ocorrer algum acidente).
Compreendo, no entanto, a revolta de quem pretende usar a estrutura de uma forma civilizada e respeitadora dos outros utentes da via pública.
Estou na expectativa para ver quando será colocado um sinal igual na ciclovia do Guincho, de onde os peões também já me expulsaram há algum tempo.
Cumprimentos
Paulo Leitão
A vossa opinião vai de encontro ao que eu já previa: numa fase inicial em Lisboa, terá de existir mesmo a segregação de vias para peões e ciclistas. A convivênvia ainda não é de todo pacífica. Mas aos poucos a cultura e a mentalidade vão-se adaptando às novas necessidades urbanas.
Um abraço a todos.
Paulo Santos
Olá
Já tinha reparado nesse sinal e a forma como todos o ignoram, incluindo eu.
Só vejo um motivo para a colocação desse sinal, é que com tempo de chuva as tábuas fiquem praticamente sem aderência.
Eu já caí num sítio parecido, ao curvar.
Abraço
Esses sinais têm a grande vantagem de nos lembrar que a bicicleta é um veículo e o seu lugar natural é na estrada junto com os outros veículos e não junto com os pedestres.
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