De Santos aos Restauradores e Bairro Alto
Finalmente, a entrevista de 9 minutos em directo para o Portugal no Coração da RTP, no dia da Mobilidade, em 22 de Setembro, sobre o projecto dos 100 dias. João Baião e Tânia Ribas de Oliveira como anfitriões.
Hoje necessitei de ir à loja do cidadão. A melhor opção aqui é de longe a bicicleta. De automóvel demorava mais tempo e tinha de andar à procura de estacionamento e de pagar o parquímetro, de transportes públicos tinha de andar tanto a pé entre pontos, que os tempos também aumentavam imenso.
De Santos, sigo pelo Largo do Conde de Barão, Ruas da Boavista, de São Paulo e do Arsenal pela faixa do BUS. Na Praça do Comércio viro pela Rua Augusta e do Rossio é um minuto até aos Restauradores.
(A bici amarrada junto à Loja do Cidadão, nos Restauradores)
Necessitei de ir também aos CTT, do outro lado da rua. Foi só atravessar os semáforos e amarrar a bici num sinal de trânsito, mesmo em frente à porta dos correios.
Acabei por encontrar um amigo, e ficar à conversa durante duas horas, numa esplanada ali perto, com a bicicleta amarrada mesmo ao lado da nossa mesa.
Ao final da tarde, desloquei-me ao Bairro Alto, ao centro de saúde da minha área de residência, na Rua Luz Soriano, para pôr as vacinas em dia.
Depois, foi só descer a Calçado do Combro e chegar a casa
(A minha convencional, amarrada mesmo ao lado da porta do centro de saúde, no Bairro Alto)
A utilização da bicicleta em percursos pequenos, na área da nossa residência, é perfeitamente viável, mesmo quando se utiliza o automóvel diariamente para outro tipo de deslocações. É de resto, uma excelente forma de se começar a dar as primeiras pedaladas na cidade de Lisboa.
Paulo Santos
1715 km de bicicleta convencional em Lisboa, desde 01.01.2008
5 comentários:
Parece que valeram a pena os votos e as propostas no orçamento participativo.
Do Público de hoje:
Ciclovias e espaços verdes eleitos pelos lisboetas no Orçamento Participativo
27.11.2008, Inês Boaventura
A O Plano de Actividades e Orçamento para 2009 da Câmara Municipal de Lisboa contempla cinco projectos escolhidos pelos munícipes no âmbito do Orçamento Participativo, num investimento de 5,1 milhões de euros. Naquele que foi o primeiro ano da iniciativa, houve 1101 pessoas a votar, número diminuto para o qual a autarquia acredita que contribuíram os prazos curtos para a apresentação e votação de propostas e o facto de o processo se ter restringido à Internet.
A construção de sete pistas cicláveis na cidade, avaliada em cerca de 2,7 milhões de euros, foi a proposta mais votada, conquistando os votos de 243 munícipes. O projecto, com um prazo de execução de um ano, inclui pistas em diversas zonas de Lisboa, incluindo Campo Grande, Avenida Calouste Gulbenkian, Belém, Chelas e Parque das Nações.
Entre os 1101 munícipes que participaram na última fase do Orçamento Participativo houve seguramente muitos utilizadores de bicicletas, já que entre as cinco propostas mais votadas há outras duas de que estes poderão usufruir: o rebaixamento de passeios em vários locais da cidade para melhorar a acessibilidade dos veículos de duas rodas e a criação de um corredor verde entre o Parque Eduardo VII e Monsanto. O primeiro projecto custa 500 mil euros e será concretizado ao longo de 2009 e o segundo custa um milhão de euros e tem um prazo de execução de 18 meses.
Também significativa foi a participação de moradores da freguesia da Ajuda que, com 125 votos, conseguiram garantir a concretização da segunda fase do Parque Urbano do Rio Seco. O projecto representa um investimento de 600 mil euros e contempla a construção de "uma zona verde de enquadramento paisagístico do geomonumento" formado pela escarpa rochosa da Rua Eduardo Bairrada e "a recuperação da gruta para a constituição de núcleo arqueológico".
O Plano de Actividades e Orçamento para 2009 da Câmara Municipal de Lisboa inclui ainda a criação de um espaço verde e de um parque infantil na Quinta dos Barros, na freguesia do Campo Grande, obra que vai custar 350 mil euros e levará dois anos a estar concluída.
Questionada sobre o facto de apenas 1101 pessoas terem participado na votação, Rita Silva, do gabinete do vereador José Sá Fernandes, considerou que "não foi mau", já que foi o primeiro ano em que Lisboa realizou uma iniciativa deste género e não houve "muito tempo para divulgação". A participação, acrescenta, também pode ter sido limitada pelos "prazos pequenos" que foram dados para a apresentação e votação das propostas (no total foram apenas 24 dias), bem como por a iniciativa ter sido "confinada" à Internet.
Mudanças em 2009
"É um processo em evolução de ano para ano", sublinha Rita Silva, adiantando que em 2009 o Orçamento Participativo irá sofrer alterações, "de acordo com a aprendizagem da câmara e dos munícipes". Ainda em relação à experiência deste ano, a socióloga nota que se assistiu a "processos de organização colectiva", com "alguns bairros e associações a organizarem-se para fazer valer algumas propostas", como terá acontecido por exemplo com a Mouraria e com organizações ligadas ao ciclismo.
Em Janeiro, a Câmara de Lisboa vai divulgar um relatório sobre o Orçamento Participativo, no qual serão explicadas as razões pelas quais não foi submetida a votação a maioria das 617 propostas apresentadas pelos munícipes. O facto de serem demasiado generalistas ou de extravasarem as competências da autarquia são algumas das justificações, tendo sido igualmente excluídas as propostas que não se inseriam nos três temas eleitos pelos participantes no processo como prioritários: espaço público e espaço verde, infra-estruturas viárias, trânsito e estacionamento, urbanismo e reabilitação urbana.
Excelente entrevista! És um evangelizador.
Ranger Bob, estive no teu blog. Mas que grande amante das vespas.
Partilhamos a mesma paixão pelas duas rodas ... ora com, ora sem motor :)
Grande abraço.
Gosto pelo menos tanto de bicicletas quanto gosto de scooters antigas! :-)
Indeed excelente entrevista.
E boas notícias do orçamento participativo.
Ontem quebrei a barreira dos 800 km andados na cidade, desde Julho.
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