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Da cota 05m à cota 11m, 4.5 km
Antes de ir de férias definitivamente, tempo ainda para ir tomar um café com um amigo na esplanada do Nicola, no Rossio.
Pelas 14:30h faz um pouco de calor, mas a pedalar em plano e a ritmo urbano, o pouco esforço que se faz é compensado com o vento a bater na cara e no corpo, ajudando a refrescar.
A Baixa de Lisboa é um local fantástico para descomprimir ao fim-de-semana. Pouco trânsito, pouca poluição atmosférica e pouca poluição sonora. Muitas esplanadas e diversas actividades lúdicas.
Tempo ainda para fotografar as novas coqueluches da Baixa Lisboeta: estes triciclos para transportar turistas em passeio.
Este tipo de veículos existe em abundância em cidades (desenvolvidas) com infraestruturas cicláveis.
Em Lisboa chegaram recentemente. São movidos a pedal, com apoio de um motor eléctrico no eixo de cada uma das 3 rodas, e alimentados por uma bateria com autonomia para cerca de 50 km. Têm capacidade para transportar até 200 kg.
O modelo de gestão deste tipo de negócios é muito interessante: a publicidade paga toda a estrutura da empresa (veículos, empregados administrativos, empresários, fiscalidade, etc ...) e o ordenado do ciclista é pago pelos utilizadores. Ou seja, o preço que se paga por um passeio neste tipo de veículos vai na totalidade para o operador.
15 minutos » 6€
30 minutos » 11€
60 minutos » 20€ (?)
É um excelente exemplo do potencial de criação de emprego para as camadas mais jovens da população, que este tipo de veículos pode proporcionar. Socialmente, permite inclusivé a pessoas de todas as idades e géneros, com baixos rendimentos ou mesmo desempregados, a oportunidade de obter uma remuneração que, numa fase inicial, pode atingir os 50€ ou 60€ por dia.
Digam lá se as bicicletas são ou não um factor de estabilização social?
São mais uma forma de estimular a criação de emprego, de permitir às camadas mais jovens ou carenciadas da população uma forma saudável de obter um rendimento extra, ou até mesmo o rendimento principal. Lá fora vê-se gente de todas as idades a pedalar para ganhar a vida.
E isto, falando apenas em termos de ganhos directos.
Indirectamente, há todo um conjunto de actividades económicas que vivem à volta da bicicleta, nomeadamente pequenas oficinas de manutenção, reparação e venda de acessórios para bicicletas, que poderão inclusivé estar espalhas pelos diversos bairros de Lisboa, pois basta um pequeno espaço no rés-do-chão de um qualquer edifício para se montar este tipo de negócio, e com um investimento inicial relativamente baixo. Aquilo a que o IEFP chama de ILEs - Iniciativas Locais de Emprego.
Ainda existem políticos que acham que não !!!!
Só faltam mesmo as infraestruturas cicláveis, espalhadas pela cidade, para estimular economicamente o crescimento deste tipo de negócio ....
Vou de férias amanhã. Vou estar ausente de Lisboa até 20 de Agosto. Contudo, irei actualizando o blogue, com informações de pesquisa para a minha tese de mestrado, que vou realizar durante as férias. Há muita informação técnica para estudar na área das Vias de Comunicação e Transportes, sub-ramo Bicicletas e Infraestruturas Cicláveis.
Voltamos a ver-nos pela cidade daqui a um mês.
Maiores cumprimentos.
Paulo Santos
12761m de altitude e 1366 km percorridos de bike em Lisboa, como meio principal ou complementar de transporte, desde 01/Jan/2008